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Talco e câncer: Johnson & Johnson propõe acordo bilionário para encerrar caso

Johnson & Johnson nega acusações de que talco para bebê esteja relacionado com casos de câncer, mas oferece acordo de 44 bilhões de reais para encerrar processo

5 abr 2023 - 14h00
(atualizado às 14h18)
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Acordo bilionário foi proposto, na terça-feira (4), para resolver os processos coletivos envolvendo acusações de que o talco da Johnson & Johnson (J&J) tenha potencial cancerígeno. Embora a empresa negue qualquer relação do produto com o câncer, a organização planeja desembolsar US$ 8,9 bilhões — cerca de 50 bilhões de reais — ao longo de 25 anos para encerrar o assunto. Inicialmente, o valor oferecido foi de US$ 2 bilhões — 10 bilhões de reais.

A J&J contabiliza cerca de 60 mil ações judiciais, provenientes da América do Norte, como Estados Unidos e Canadá, alegando que o uso do talco teria provocado casos de câncer de ovário e mesotelioma — um tipo de tumor que afeta o tecido que reveste os pulmões, estômago, coração e outros órgãos. Alguns ex-clientes afirmam que o produto continha amianto cancerígeno.

Talco original da Johnson & Johnson foi descontinuado

Foto: AtlasComposer/Envato / Canaltech

Vale pontuar que, em 2020, a J&J interrompeu as vendas de seu talco para prevenir assaduras em bebês ou para fins cosméticos nos Estados Unidos e no Canadá. Até este ano, a fórmula original será descontinuada em todo o mundo. Em oposição, uma nova linha entra nos marcados dos países em que a marca atua. Na nova versão, o talco será substituído por amido de milho.

Como a J&J enfrenta as acusações de que o talco provoca câncer?

Em comunicado, a Johnson & Johnson afirma que o acordo bilionário não deve ser encarado como "uma admissão de irregularidade" e nem como "uma indicação de que a empresa mudou sua posição de longa data de que seus produtos em pó de talco são seguros".

"A empresa continua acreditando que essas alegações são enganosas e carecem de mérito científico", complementa Erik Haas, vice-presidente mundial de litígios da J&J. "No entanto, como reconheceu o Tribunal de Falências [nos EUA], resolver esses casos no sistema de responsabilidade civil levaria décadas e imporia custos significativos à LTL [empresa criada para resolver o dilema] e ao sistema" judiciário, complementa.

Fonte: Johnson & Johnson e BBC

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