Tarifas europeias sobre o carro elétrico chinês podem causar 1.500 demissões na Espanha
Fábrica da Seat em Martorell, na Catalunha, pode eliminar 1.500 empregos porque produzir o Cupra Tavascan está ficando inviável
A indústria automobilística europeia enfrenta um futuro incerto. No caminho complicado da eletrificação de seu portfólio, surgiram os obstáculos dos carros elétricos chineses e, agora, as ameaças tarifárias dos EUA.
Nesse cenário, a União Europeia impôs uma tarifa adicional de 20,7% sobre os veículos elétricos fabricados na China. A má notícia é que esse aumento não afetou apenas os carros de fabricantes chineses. A Seat foi pega no meio dessa regulamentação com o Cupra Tavascan.
O Cupra Tavascan dispara
O Cupra Tavascan foi o primeiro elétrico da marca "rebelde" da Seat. O modelo elétrico da Cupra é montado na fábrica que a Volkswagen possui em Hefei (China). Portanto, embora seja uma marca europeia, ele está sujeito às mesmas tarifas aplicadas às marcas chinesas.
Isso fez com que seu custo de produção, que já considerava uma tarifa de 10% previamente existente, ganhasse um adicional de 20,7%, imposto pela UE sobre os carros fabricados na China, medida que entrou em vigor no final de 2024. Isso eleva a carga tributária total para 30,7%, afetando gravemente a rentabilidade do modelo, cujo preço varia entre 41.000 e 53.000 euros (entre R$ 255 mil e R$ 330 mil).
1.500 empregos em jogo
O efeito dominó da queda na rentabilidade do modelo que deveria liderar a eletrificação da empresa fez com que a companhia repensasse sua estratégia, reduzindo a produção de carros em sua fábrica de Martorell, na Espanha.
Wayne Griffiths, CEO da Seat, afirmou à agência Reuters que, caso as ...
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