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Técnica de edição genética traz esperança para cura do HIV, mostra estudo

Técnica CRISPR pode fazer cortes no DNA para introduzir erros no material genético viral dentro das células imunitárias, mostrou a pesquisa

20 mar 2024 - 12h49
(atualizado às 12h54)
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Técnica de CRISPR pode desativar e curar o HIV, mostra estudo promissor
Técnica de CRISPR pode desativar e curar o HIV, mostra estudo promissor
Foto: Pete Linforth por Pixabay / Flipar

A técnica de edição genética CRISPR (Conjunto de Repetições Palindrômicas Curtas Regularmente Espaçadas) desativou o HIV que estava adormecido nas células do sistema imunológico em um experimento de laboratório.

Embora ainda não tenha sido demonstrado que funcione em pessoas, o teste aumenta as esperanças de uma eventual cura da doença. 

Para uma cura definitiva da doença, especialistas afirmam que é preciso, de alguma forma, matar qualquer vírus adormecido no corpo. Várias estratégias já foram tentadas, mas até agora nenhuma funcionou.

Como funciona?

A técnica genética relativamente recente, chamada CRISPR, pode fazer cortes no DNA para introduzir erros no material genético viral dentro das células imunitárias. 

“Essas descobertas representam um avanço fundamental no desenvolvimento de uma estratégia de cura”, disse a pesquisadora Elena Herrera Carrillo, da Universidade de Amsterdã, na Holanda, em um comunicado.

Originalmente descoberto em bactérias, o CRISPR se concentra em uma sequência específica de DNA, fazendo cortes nela. 

Ao alterar a sequência de DNA visada, o sistema tem potencial para ser transformado em uma forma de terapia genética para muitas condições, tendo o primeiro tratamento deste tipo sido aprovado no ano passado nos EUA e no Reino Unido como uma cura para a anemia falciforme.

Agora, Elena Carrillo e a sua equipa demonstraram que, quando testados em células imunitárias numa placa, o seu sistema CRISPR poderia desativar todos os vírus, eliminando-os destas células. 

O trabalho deverá ser apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, em Barcelona, na Espanha, no próximo mês.

Jonathan Stoye, do Instituto Francis Crick, em Londres, afirmou em entrevista ao New Scientist que, embora os resultados sejam bastante positivos até o momento, o próximo passo  deve incluir ensaios em animais e, eventualmente, em humanos, para demonstrar que o tratamento pode atingir todas as células imunitárias com HIV latente.

Fonte: Redação Byte
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