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Tecnologia lidar é aplicada em carros e concursos de dança na CESs

7 jan 2020 - 17h53
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Fabricantes de aparelhos que usam a tecnologia lidar e estão esperando o mercado de veículos autônomos decolar estão buscando novos clientes interessados em usar a tecnologia em uma série de aplicações que incluem monitoramento de gado e até sincronização da música com as luzes de uma pista de dança.

Chip com a tecnologia lidar. 11/12/2019. Aeva Inc/Handout via REUTERS
Chip com a tecnologia lidar. 11/12/2019. Aeva Inc/Handout via REUTERS
Foto: Reuters

A Ouster, startup de São Francisco, está buscando novos mercados incluindo robôs de entrega de produtos, equipamentos para grupos de resgate e até DJs. Outra startup da região, a AEye, está conversando com um banco que quer monitorar o rebanho bovino para assegurar a saúde financeira de um cliente.

A tecnologia lidar usa pulsos de lasers da mesma forma que radares usam ondas sonoras para identificar objetos.

Usos e clientes alternativos são necessários para que as empresas que trabalham com a lidar mantenham fluxo de receitas enquanto o esperado boom dos veículos autônomos não acontece.

"Nunca assumimos uma postura de exclusividade com o setor automotivo na tecnologia lidar", disse Angus Pacala, presidente-executivo da Ouster. "Sempre esperamos que ela vai operar em muitos mercados diferentes."

As empresas também estão trabalhando para cortar custos dos sensores lidar, que hoje custam entre 1.200 e mais de 12 mil dólares.

A pioneira da lidar Velodyne revelou nesta terça-feira seu menor sensor até agora ao preço de 100 dólares. O presidente-executivo, Anand Gopalan, disse que é a primeira vez que a Velodyne divulga um preço de produto lidar, para deixar claro que "atingiu um nível de escala das perspectivas tecnológica e de manufatura". Ele afirmou que as aplicações incluem sistemas de assistência a motoristas.

A chinesa DJI, maior fabricante de drones do mundo, também revelou pacotes de baixo custo de sensores lidar na feira de tecnologia CES, em Las Vegas, que custam entre 599 e 999 dólares. Além de táxis e caminhões autônomos, os sensores podem ser usados em robôs de limpeza, de entrega de produtos e em cortadores de grama. Eles também podem ser usados por drones para mapeamento de campos, florestas e áreas de construção.

Para pequenas companhias que trabalham com lidar e são apoiadas por capital de risco, o desenvolvimento de novos mercados é essencial.

A Ouster tem mais de 550 clientes em 50 países, afirmou o diretor de desenvolvimento corporativo, Raffi Mardirosian. Além de poderem ser usados em robôs de entrega e drones, os sensores da empresa são usados em robôs de resgate que se parecem com pequenos cães, disse Pacala. A tecnologia também está sendo usada para monitorar segurança em instalações de lixo nuclear.

O presidente da Ouster disse que o DJ que procurou a empresa queria "usar nossos sensores em concursos de dança para captar o que o público está fazendo" de modo a ajudar a sincronizar a música ao show de luzes.

A rival da Ouster, AEye, está tentando focar em aplicações mais próximas do setor automotivo, disse Akram Benmbarek, diretor de desenvolvimento de negócios. Os mercados incluem trens automatizados, estradas e cidades inteligentes e máquinas usadas em construção e mineração.

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