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Tecnologia pode ajudar a acabar com ebola, diz membro da ONU

Para diplomata sul-coreana, humanidade está "pagando a conta" pela falta de planejamento e apoio com as crises globais

8 nov 2014 - 16h51
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Allan Friedman (IRC), Gwi-Yeop Son (ONU) e Elaine Grunewald (Ericsson) discutiram como a tecnologia pode ajudar no combate às crises humanitárias
Allan Friedman (IRC), Gwi-Yeop Son (ONU) e Elaine Grunewald (Ericsson) discutiram como a tecnologia pode ajudar no combate às crises humanitárias
Foto: Henrique Medeiros / Terra

Durante o último dia da conferência da Ericsson Businness Innovation Forum, na sexta-feira, a gerente sênior do escritório para ajuda humanitária da ONU, Gwi-Yeop Son afirmou que a tecnologia é crucial para o combate ao ebola, doença que tem assolado o continente africano.

“O cenário humanitário tem mudado rapidamente. Conectividade e acesso à informação hoje são cruciais para o combate aos males, como o Ebola”, disse a comissária da ONU. “Isto é crucial para salvar vidas”.

Durante sua palestra em Estocolmo, Suécia, Son ainda revelou que o grande problema para terem aparecido tantas crises ao mesmo tempo - além da doença, existe um êxodo de refugiados no Sul do Sudão e na Síria - é a falta de planejamento. "Estamos vendo muito mais crises atualmente em relação ao passado, com isso precisamos de mais recursos", indicou Son.

No combate ao ebola, realizado em países como Serra Leoa, Libéria e Nigéria, a comissária aponta que um trabalho a ajuda da tecnologia já tem sido feito para "rastrear e projetar" um cenário de como a doença atua, para contra atacá-la. No entanto, a diplomata de origem sul-coreana aponta que é necessário fazer mais, e que nós (humanidade) já estamos "pagando a conta" pela falta de apoio e planejamento.

"Nós queremos reduzir essas crises. Mas precisamos de mais investimento. Principalmente para aplicar tecnologias em lugares distantes. A tecnologia é parte da solução, mas muitas vezes não conseguimos aplicá-la em outros países", afirma a gerente da ONU. "Não adianta querer colocar uma tecnologia da Suécia na África. Precisamos de soluções fáceis e práticas de serem aplicadas. Como por exemplo, uma mãe na Somália me disse uma vez, não tenho água e não tenho, mas tenho smartphone, e com ele consigo diminuir as distancias e pedir ajuda".

O evento ainda contou com Allan Friedman, diretor do Comitê Internacional de Resgate (do inglês, International Rescue Comitee ou IRC). Ele sinalizou uma parceira com a Ericsson para criar soluções humanitárias. O primeiro lugar a recebê-las será a África, em Serra Leoa e na Libéria. As novas “armas” no combate ao ebola fará a capturar, monitorar e enviar dados às unidades de resposta na região.

"Estamos lidando com um alto nível muito complexo de crise que jamais vimos antes. Nos nunca tivemos problemas de uma única vez problemas na Síria, Sul do Sudão, Serra Leoa e outros países", explicou Friedman. "Nos já usamos tecnologias como cartão de credito na Jordânia para facilitar o pagamento aos refugiados. Mas, cada lugar tem uma lacuna e diferença quando se fala em tecnologia. Essa não seria uma tecnologia aplicada na Libéria, por exemplo".

Para Elaine Grunewald, vice-presidente de sustentabilidade e responsabilidade corporativa na Ericsson, o uso de novas tecnologias pode ajudar na "resposta rápida de conflitos e desastres". Ela ainda afirma que uma comunicação efetiva contribui para "salvar vidas" e "aliviar o sofrimento".

"A tecnologia esta aumento consideravelmente o modo como queremos melhorar o modo como são feitas as respostas humanitária de maneira efetiva. Trabalhando com o IRC nos ajudaremos a causar um impacto real no cerne da crise".

Fonte: Terra
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