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Tecnologia pode estar reduzindo atividade sexual de jovens; entenda

Álcool, internet e morar com os pais afetam o comportamento sexual entre os adolescentes, segundo pesquisas recentes

6 jun 2023 - 12h43
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Estudos sugerem razões para mudança de comportamento
Estudos sugerem razões para mudança de comportamento
Foto: Freepik

Jovens, especialmente da geração Z, fazem cada vez menos sexo casual, e fatores como uso das redes sociais, videogames e a redução do consumo de bebidas alcoolicas podem ser as causas. É o que apontam estudos internacionais realizados na última década. 

Análises realizadas nos EUA mostram que adolescentes e pessoas no início da vida adulta são cada vez menos propensos a ter relações sexuais fora de um relacionamento fixo. Há ainda o fato de cada vez mais adolescentes viverem na casa dos pais e terem menos convivência presencial.

Um dos estudos mais recentes foi publicado na Archives of Sexual Behavior no ano passado. Ele aponta que, de 2009 a 2018, a proporção de adolescentes que relataram nenhuma atividade sexual — sozinhos ou acompanhados — aumentou de 28,8% para 44,2% entre os rapazes e de 49,5% para 74% entre as garotas.

Em 2021, o artigo “Why Are Young Adults Having Less Casual Sex?”, escrito por dois pesquisadores das universidades do Estado de New Jersey e Rutgers (ambas nos EUA), apontou que o sexo casual está em declínio para homens e mulheres jovens, principalmente em razão do menor consumo de álcool entre ambos os sexos.

Dados baseados no estudo sugerem que a diminuição do consumo de álcool explica mais de 33% da queda, seguido pelo aumento dos videogames (quase 25% da mudança no comportamento sexual entre os homens jovens). Já o aumento da convivência com os pais explica pouco mais de 10%.

Em relação às mulheres jovens, aproximadamente 25% da queda de sexo casual está ligada à redução do consumo de álcool, enquanto o uso da internet entre elas responde pelo declínio de 11%. 

De acordo com os pesquisadores, as chances de que os jovens que moram com seus pais pratiquem sexo casual são de apenas 63% daqueles que vivem de forma independente.

Algumas linhas de estudos apontam que a menor atividade sexual entre adolescentes e jovens adultos é apenas resultado de um momento de transição, sendo que eles fazem parte do grupo com mais acesso. 

Entram nesse aspecto as novas maneiras de se relacionar sexualmente pela internet, por vezes não consideradas como sexo. Além disso, vive-se maior liberdade de relacionamentos entre gêneros.

Lados a considerar

Em reportagem da Folha de S. Paulo publicada no domingo (4), o psiquiatra Eduardo Perin, especialista em terapia cognitivo-comportamental pelo Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e em sexualidade pelo Instituto Paulista de Sexualidade, diz que a queda da atividade sexual não atinge todos os jovens.

Ele acredita existir uma parcela da população mais jovem que realmente não iniciou a atividade sexual por ainda morar com os seus pais e ter pouca sociabilidade.

Porém, lembra que há um movimento oposto, com abertura sexual mais precoce. "Há jovens que têm amadurecido sexualmente mais cedo, experimentado outras situações sexuais que anteriormente não eram permitidas ou socialmente bem-vindas, como atividades entre pessoas do mesmo gênero. Vejo dois lados da moeda", pontuou na reportagem.

Fonte: Redação Byte
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