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Tecnologia recria Elis Regina em vídeo; veja repercussão nas redes sociais

Defensores se emocionaram com Maria Rita "contracenando" com a mãe; já críticos acharam de mau gosto "reviver" a artista em uma publicidade

4 jul 2023 - 17h19
(atualizado às 18h14)
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Maria Rita e Elis Regina juntas em comercial da Volkswagen com deepfake
Maria Rita e Elis Regina juntas em comercial da Volkswagen com deepfake
Foto: Divulgação/Volkswagen / Pipoca Moderna

As tecnologias de deepfakeinteligência artificial da nova campanha da automotiva Volkswagen, que promoveram um encontro da cantora Maria Rita com sua falecida mãe, Elis Regina, também causaram muita discussão nas redes sociais. O principal ponto foi a discussão ética do uso dessas feramentas para "reviver" pessoas mortas. 

No vídeo, lançado nesta segunda-feira (3), Maria Rita canta o clássico "Como Nossos Pais" dirigindo um ID.Buzz, que é a versão 100% elétrica da Kombi. Ao seu lado, surge Elis conduzindo uma Kombi clássica. A canção foi composta por Belchior, mas a versão da cantora gaúcha que morreu em 1982 é um de seus maiores sucessos. 

Diogo Cortiz, processor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e pesquisador de inteligência artificial, deu a deixa de que o debate sobre isso será intenso no futuro.

Mas na verdade o debate já começou. Uma seguidora dele tocou na ironia política dessa situação: em um mesmo vídeo, tivemos uma canção considerada um símbolo de resistência contra a ditadura; no entanto, foi para promover uma empresa multinacional acusada de colaborar com o regime militar brasileiro.

Os defensores da peça publicitária não ignoraram a emoção de ver mãe e filha "contracenando" juntas pelas mãos da tecnologia — afinal, Maria Rita tinha apenas quatro anos de idade quando Elis Regina morreu.

Como inteligência artificial criou foto do Papa Francisco de casaco Como inteligência artificial criou foto do Papa Francisco de casaco

Já os críticos acharam de mau gosto "reviver" Elis Regina com computação gráfica, e ainda mais para fins comerciais. 

Sobre isso, há quem diga que não há problema algum, ainda mais quando a própria filha autorizou o uso da imagem da mãe. 

Enquanto isso, teve quem optou pela zoeira de sempre mesmo e/ou detonou a qualidade técnica da "Elis deepfake". 

Fonte: Redação Byte
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