Telescópio espacial Hubble poderá se chocar contra a Terra em algumas décadas
O Hubble está caindo. É isso mesmo: o telescópio espacial que vem transformando a nossa visão do universo desde 1990 está com os dias contados. Várias missões de manutenção já foram enviadas desde então, corrigindo falhas em suas óticas, aprimorando suas câmeras e substituindo peças desgastadas, mantendo o Hubble na ativa por todo esse tempo. Mas, com o desmantelamento do ônibus espacial, o telescópio está, pouco a pouco, caindo em direção à Terra: e não há planos para interromper essa deterioração orbital.
O Hubble está em órbita terrestre a uma altitude média de 568 quilômetros, e definimos a fronteira entre a atmosfera da Terra e o espaço exterior a cerca de 100 quilômetros. Contudo, a atmosfera continua acima disso, tornando-se mais difusa, mas se estendendo a até 10 mil quilômetros. E como o Hubble se movimenta muito rapidamente, dando uma volta completa ao redor de nosso planeta a cada 97 minutos, esse movimento em queda fará com que o telescópio fique cada vez mais próximo da Terra.
Caso nada seja feito, um dia o Hubble se tornará uma verdadeira bola de fogo em nossa atmosfera, se desintegrando em vários pedaços entrando na Terra descontroladamente, pois, dado a seu tamanho muito grande, ele não queimará por inteiro. Seus detritos poderiam, ainda, cair em qualquer lugar da superfície do planeta.
Em missões anteriores de manutenção, o Hubble foi impulsionado para órbitas mais altas a fim de evitar essa queda catastrófica, mas, sem um novo veículo tripulável, como o ônibus espacial, esse tipo de manutenção não é mais viável. A não ser que a NASA desenvolva novas tecnologias para que uma nova missão reposicione o telescópio, a era do Hubble acabará de maneira trágica.
Ainda assim, acredita-se que o Hubble durará por mais algumas décadas, com sua queda fatal acontecendo por volta da década de 2030, caso nada seja feito para impedir a tragédia em tempo.