Telescópio Euclides será lançado em 1° de julho; conheça o aparelho
Missão Euclides, da Agência Espacial Europeia, foi projetada para explorar a composição e evolução do Universo escuro
A Agência Espacial Europeia (ESA) está prestes a lançar o telescópio Euclides, que explorará o Universo escuro. A decolagem deve ser feita a partir de um foguete Falcon 9, da SpaceX, do Cabo Canaveral na Flórida, EUA, no sábado, 1º de julho.
Caso não seja possível, uma data de lançamento de backup está prevista para domingo, 2 de julho. De acordo com a agência, após o lançamento, Euclides irá para o ponto Lagrange Sol-Terra L2 (local entre a órbita de dois corpos no espaço onde os campos gravitacionais de ambos se anulam).
- A espaçonave tem aproximadamente 4,7 m de altura e 3,7 m de diâmetro;
- Ela consiste em dois componentes principais: o módulo de serviço e o módulo de carga útil;
- O módulo de carga compreende um telescópio de 1,2 m de diâmetro e dois instrumentos científicos: uma câmera de comprimento de onda visível (VIS) e uma câmera/espectrômetro de infravermelho próximo (NISP);
- O módulo de serviço contém os sistemas de satélite: geração e distribuição de energia elétrica, controle de atitude, eletrônica de processamento de dados, propulsão, telecomando e telemetria e controle térmico.
Exploração
Um mês após o lançamento, Euclides entrará em órbita em torno deste ponto, localizado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, na direção oposta ao Sol. Uma vez em órbita, os operadores da missão começam a verificar todas as funções do telescópio.
Em um comunicado, a ESA explicou que durenta esse processo, a água residual é desgaseificada e, subsequentemente, os instrumentos de Euclides serão ligados.
Entre um e três meses após o lançamento, o telescópio passará por diversas calibrações e testes de desempenho científico e se preparará para a ciência.
A missão
A missão Euclides da ESA foi projetada para explorar a composição e evolução do Universo escuro. O telescópio espacial criará o maior e mais preciso mapa 3D através do espaço e do tempo, observando bilhões de galáxias até 10 bilhões de anos-luz, em mais de um terço do céu.
Segundo a agência espacial, a ideia é que a missão explore como o Universo se expandiu e como e como a estrutura em grande escala é distribuída no espaço e no tempo, revelando mais sobre o papel da gravidade e a natureza da energia escura e da matéria escura.