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Telescópio IXPE da NASA desvenda teorias da supernova SN 1006

30 out 2023 - 14h22
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O telescópio Imaging X-ray Polarimetry Explorer (IXPE) da NASA revelou os segredos enigmáticos do remanescente de supernova SN 1006. As primeiras imagens de raios-x polarizados mostraram que os campos magnéticos e partículas de alta energia vêm de estrelas em explosão.

O principal autor do estudo, o Dr. Ping Zhou, da Universidade de Nanjing, considera o IXPE uma ferramenta indispensável para desvendar os mistérios dos campos magnéticos. Ele afirma que,  "Os campos magnéticos há muito escapam à medição precisa, mas o IXPE agora oferece um meio eficiente de sondá-los. Nossas descobertas revelam que os campos magnéticos do SN 1006 não são apenas turbulentos, mas também exibem uma organização distinta."

A estrela da supernova

A estrela SN 1006, localizada na constelação de Lupus, é o único remanescente de uma grande explosão que aconteceu quando duas estrelas brancas se fundiram e uma delas sugou muita massa da estrela companheira.

O fenômeno foi testemunhado pela primeira vez em 1006 d.C., sendo visível a olho nu na China, no Japão, na Europa e no mundo árabe por um período de três anos e até hoje, ainda é o evento estelar mais brilhante registrado na história da humanidade.

Douglas Swartz, pesquisador do Marshall Space Flight Center, ressalta que a proximidade e a luminosidade do SN 1006 nos raios-x o tornam um objeto ideal para IXPE. Os pesquisadores teorizaram que a estrutura do SN 1006 está ligada à orientação do campo magnético.

Esta imagem do remanescente de supernova SN 1006 combina dados do Imaging X-ray Polarimetry Explorer e do Chandra X-ray Observatory.
Esta imagem do remanescente de supernova SN 1006 combina dados do Imaging X-ray Polarimetry Explorer e do Chandra X-ray Observatory.
Foto:  NASA/CXC/SAO/J.Schmidt  / Tecmundo

O processo de aceleração

A supernova, especialmente nas direções nordeste e sudoeste, se alinha com o campo magnético e acelera eficientemente. Os resultados demonstram uma ligação crucial entre os campos magnéticos e a saída de partículas de alta energia do remanescente. Apesar dos campos magnéticos na casca do SN 1006 parecerem um tanto desorganizados, as observações do IXPE sugerem uma direção mais prevalente.

À medida que a onda de choque da explosão inicial se propaga pelo gás circundante, os campos magnéticos se alinham ao seu movimento. Partículas carregadas ficam presas nesses campos magnéticos, recebendo rápida aceleração. Estas partículas aceleradas de alta energia, por sua vez, infundem energia nos campos magnéticos, mantendo a sua força e turbulência.

Desde o seu lançamento em dezembro de 2021, o IXPE examinou três remanescentes de supernovas: Cassiopeia A, Tycho e agora SN 1006.

Quando os pesquisadores compararam os três remanescentes, descobriram que o SN 1006 apresenta uma polaridade maior do que os outros, mas todos eles revelaram campos magnéticos que se estendem para além do centro da explosão.

Mantenha-se atualizado sobre as últimos estudos astronômicos aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para descobrir também  como as lentes dos telescópios contribuíram para a evolução da astronomia. 

Tecmundo
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