Temos novas evidências de que existe uma "força atômica escura" capaz de "deformar" os núcleos dos átomos
Por meio de vários experimentos, pesquisadores analisaram transições entre vários isótopos de itérbio
O núcleo atômico pode parecer algo bem explorado numa época em que cientistas estão concentrando seus esforços em entender melhor a mecânica quântica e as interações entre as partículas subatômicas protagonistas dessa ciência, como quarks ou glúons. No entanto, ainda temos muito a aprender sobre como os prótons e nêutrons que o estruturam neste núcleo.
Novas pistas
Um novo estudo, liderado por pesquisadores do PTB alemão (Physikalisch-Technische Bundesanstalt) e do Instituto Max Planck de Física Nuclear (MPIK), revelou a existência de pequenas "deformações" nos núcleos dos átomos. Essa descoberta indica a possível existência de uma "força atômica escura" que governa as interações entre nêutrons e elétrons dentro do átomo.
Da matéria escura à "força escura"
Em 2020, uma equipe do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) observou algo estranho ao comparar diferentes isótopos de itérbio, elemento número 70. A equipe estava examinando mudanças na ressonância eletrônica entre isótopos do elemento (versões diferentes de um elemento que diferem entre si no número de nêutrons) e encontrou resultados que não eram os esperados.
Esse experimento pode ter sido a primeira vez que alguém se deparou com um fenômeno ainda inexplicável que alguns chamam de "força atômica escura". Isso basicamente significa que estamos diante de uma interação entre partículas (nesse caso nêutrons e elétrons) ainda inexplorada.
Uma força nesse sentido análoga à mais estudada "matéria escura", que só...
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