Tempestade geomagnética pode atingir a Terra nesta quarta-feira
Fenômeno foi impulsionado por uma erupção solar de classe M, ocorrida no domingo (22)
Uma tempestade geomagnética está prevista para atingir a Terra nesta quarta-feira (25) devido a uma ejeção de massa coronal causada por uma explosão solar.
Uma tempestade geomagnética está prevista para alcançar a Terra nesta quarta-feira (25), como resultado de uma ejeção de massa coronal (CME) causada por uma explosão solar.
Segundo a plataforma Spaceweather.com, o evento foi impulsionado por uma erupção solar de classe M, ocorrida no domingo (22), surpreendendo especialistas, já que a mancha solar AR3835, de onde veio a explosão, parecia estável demais para gerar o fenômeno.
A ejeção de plasma solar está viajando a mais de 1 milhão de quilômetros por hora, e a maior parte do material passará próximo à Terra. Entretanto, um impacto tangencial pode atingir a magnetosfera, a barreira magnética que protege o planeta.
Embora esse tipo de colisão geralmente não cause grandes tempestades geomagnéticas, a proximidade com o equinócio de primavera pode potencializar os efeitos. Entenda:
Efeito do equinócio na tempestade geomagnética
O equinócio de primavera, ocorrido em setembro, é um momento em que o dia e a noite têm a mesma duração. Durante esse período, o campo magnético da Terra se alinha de forma mais favorável com o campo solar, facilitando o acúmulo de energia e aumentando a probabilidade de tempestades geomagnéticas mais intensas.
Este fenômeno é conhecido como “efeito Russell-McPherron”, proposto em 1973, e explica por que as tempestades são mais frequentes durante os equinócios.
Possíveis impactos e auroras
Segundo especialistas, as tempestades geomagnéticas podem interferir em sistemas de comunicação, redes elétricas e satélites, além de gerar auroras visíveis em regiões de alta latitude.
No entanto, a tempestade prevista para esta quarta-feira é classificada entre G1 e G2 pela escala da Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), o que indica impacto moderado, sendo que as áreas mais ao norte do planeta devem se preparar para possíveis interferências.