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Tempestade solar pode causar 'apagão da internet' em 2024

14 nov 2023 - 17h01
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Uma tempestade solar pode causar um "apagão" na internet do mundo em 2024. O fenômeno foi previsto pelo pesquisador da Universidade George Mason, Peter Becker (Virgínia, Estados Unidos), autor de um sistema de detecção de atividade solar.

"A internet atingiu a maioridade numa época em que o sol estava relativamente calmo e agora está entrando numa época mais ativa", pontuou o pesquisador, segundo o site Inside Paper. Na visão do cientista, somos mais dependentes da internet o que nunca e isso seria um grave problema diante de um apagão.

O fenômeno pode interferir com a comunicação com satélites.
O fenômeno pode interferir com a comunicação com satélites.
Foto:  GettyImages  / Tecmundo

A preocupação do professor é que a ejeção de massa coronal (CME) — grandes erupções de gás ionizado a alta temperatura — atinja a Terra e distorce o campo magnético do planeta. 

Inicialmente, a previsão era de que a elevação da atividade solar aconteceria em julho de 2025, mas Becker apurou que uma tempestade mais intensa aconteceria no ano que vem.

Para evitar a ameaça, o pesquisador colabora em um projeto junto ao Laboratório de Pesquisa Naval e a própria Universidade George Mason para desenvolver um mecanismo de alerta.

"Se tivermos um aviso, cada minuto conta porque você pode colocar os satélites em modo de segurança", disse o cientista ao Fox Weather. "Portanto, há coisas que você pode fazer para mitigar o problema", complementou.

É possível que a ejeção de massa coronal do Sol vá em direção ao espaço, contudo, caso mire na Terra, os sensores locais terão entre 18 a 24 horas para detectar as partículas antes que elas interfiram no campo magnético.

Outros sistemas importantes para a humanidade, como a rede elétrica, os cabos de fibra ótica e o sistema de navegação GPS e satélites de comunicação também podem ser impactados pelo fenômeno.

Tempestades solares são comuns

Tais ejeções de campo coronal acontecem de tempos em tempos no Sol. Uma das ocorrências mais recentes foi em fevereiro deste ano, quando uma sonda da NASA detectou mais de 28 CMEs.

Desta vez, a erupção foi em direção à Terra, mas não causou dano aos sistemas de comunicação. Contudo, as auroras boreais se tornaram mais intensas, coloridas e visíveis em Idaho e Nova York, nos Estados Unidos.

Tecmundo
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