Templo escondido por séculos é descoberto no fundo do mar italiano
Local teria sido criado por imigrantes da Nabataea, um reino antigo situado na Península Arábica
Arqueólogos localizaram templo submerso de dois mil anos ao longo da costa da Itália, revelando capítulo importante da história romana.
Nos últimos dias, arqueólogos localizaram altares antigos e lajes de mármore com inscrições que faziam parte de templo de dois mil anos, que hoje está submerso ao longo da costa da Itália.
O local teria sido criado por imigrantes da Nabataea, um reino antigo situado na Península Arábica, famoso por seu "Tesouro" esculpido em rocha, que foi exibido no filme Indiana Jones e a Última Cruzada.
O templo
O templo revela um capítulo importante da história romana. Conhecida na época como Puteoli, a cidade era um importante porto, recebendo navios de todo o império romano que traziam mercadorias.
A intensa atividade vulcânica da região ao longo dos séculos alterou drasticamente o litoral, submergindo cerca de 2 km de armazéns e edificações que faziam parte do antigo distrito portuário.
Desde o século XVIII, objetos resgatados do mar apontavam para a existência de um templo submerso, no entanto, sua localização precisa permaneceu um enigma por um longo período.
Descoberta
Recentemente, novas pesquisas e escavações permitiram determinar a localização do templo, expondo não somente sua estrutura, mas também a relevância histórica e cultural que ele possuía.
Em 2023, uma equipe de pesquisadores que mapeavam o fundo do mar, descobriu duas salas submersas com paredes de estilo romano, contendo dois altares de mármore branco. Além disso, cada sala possuía uma laje de mármore com a inscrição em latim “Dusari sacrum”, traduzida como “consagrado a Dushara”, o principal deus da antiga religião nabateia.
Os arqueólogos propõem que o templo foi propositalmente enterrado no século II d.C. utilizando uma combinação de concreto e cerâmica quebrada, devido à baixa atividade comercial na região com o passar dos anos. A pesquisa sobre o local foi publicada na revista Antiquity.