Teste mostra por que precisamos limpar fraldário público antes do bebê usar
Fluído da descarga das privadas pode percorrer um raio de 6 metros em todas as direções e contaminar fraldário
Um novo experimento divulgado por um influenciador digital nas redes sociais fará os pais pensarem duas vezes antes de usarem um fraldário público. O TikToker “howdirtyis” realizou um teste de cotonete em um fraldário plástico em banheiro público, descobrindo que o suporte para bebês estava repleto de bactérias.
As amostras incubadas desenvolveram dois micróbios diferentes, provavelmente a partir de gotículas de água microscópicas pulverizadas na descarga dos vasos sanitários.
Embora o vídeo não especifique quais bactérias foram encontradas, trabalhos anteriores encontraram matéria fecal, salmonela e norovírus, todos os quais podem adoecer uma criança.
O fluído da descarga das privadas pode percorrer um raio de 6 metros em todas as direções e os trocadores geralmente ficam dentro de uma das baias. Entretanto, a bactéria não é apenas de um banheiro; ela pode ter sido deixada desde o último bebê colocado na mesa.
Algumas pessoas acreditam que os germes são essenciais para o desenvolvimento do sistema imunológico de um bebê, mas estações de troca de fraldas levaram a vários surtos — como em 2007, na Flórida, que deixou 46 crianças doentes.
Kimberly Repp, epidemiologista do condado de Washington, fez um teste swab em uma estação e descobriu que ela estava contaminada com norovírus. Junto com as bactérias, os especialistas também encontraram vestígios de narcóticos nas mesas de plástico.
Muitas vezes não há como evitar os fraldários públicos, mas os pais podem evitar os germes higienizando o local com lenços umedecidos e colocando um trocador descartável na mesa de plástico antes de deitar o bebê.
Um teste de 2011 em mais de 100 unidades com fraldários - incluindo instalações em banheiros públicos, shopping centers, delegacias de polícia, tribunais e igrejas - constatou que 92% delas continham vestígios de cocaína.
Privadas e suas partículas
Há pelo menos 10 anos, cientistas já vêm avisando sobre o perigo dos banheiros públicos e suas ejeções de partículas, que incluem fezes, urina e patógenos como o SARS-CoV-2, Clostridium difficile (bactéria causadora da colite pseudomembranosa), Legionella (causadora da legionelose) e E. coli (que pode causar alguns tipos de doenças no intestino e até meningite).
Com as filmagens e fotografias do estudo recente, publicado na revista científica Scientific Reports, foi possível identificar gotículas saindo do vaso sanitário a velocidades de até 2 metros por segundo, chegando a 1,5 metros acima da privada em 8 segundos, mesmo com a desaceleração. As gotículas mais pesadas caíram mais rápido, mas as pequenas ficaram no ar por vários minutos.