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The Last Of Us da vida real: Clima quente pode tornar os fungos mais perigosos para saúde

Após 800 testes em laboratório, a taxa de mutações foi cinco vezes maior em fungos criados à temperatura corporal — cerca de 37ºC

1 fev 2023 - 08h05
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A Candida auris é um dos fungos que fez a adaptação termotolerante, passando a sobreviver nos corpos humanos
A Candida auris é um dos fungos que fez a adaptação termotolerante, passando a sobreviver nos corpos humanos
Foto: Canaltech

Um novo estudo da Duke University School of Medicine descobriu que temperaturas elevadas fazem com que um fungo tenha mais alterações genéticas, aumentando seu potencial de afetar a vida de humanos. Os resultados foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

O organismo estudado foi o Cryptococcus deneoformans, que teve mais mudanças em pedaços transponíveis de DNA, chamados pelos pesquisadores de "genes saltadores", em temperaturas mais altas, conforme os testes realizados pelos cientistas.

Segundo Asiya Gusa, pesquisadora envolvida no estudo, é provável que tais pedaços móveis de DNA contribuam para a adaptação do fungo no ambiente e durante uma infecção.

“Isso pode acontecer ainda mais rápido porque o estresse térmico acelera o número de mutações que ocorrem”, afirma. 

Após 800 testes em laboratório, a taxa de mutações foi cinco vezes maior em fungos criados à temperatura corporal (37ºC) em comparação com fungos criados a 30°C.

E para os telespectadores de The Last Of Us, série da HBO em que um fungo sofre alterações genéticas e destrói a humanidade ao transformar pessoas em zumbis, a cientista manda um recado:

"É exatamente desse tipo de coisa que estou falando — menos a parte do zumbi", brinca. 

A boa notícia é que a transmissão de humanos para humanos ainda é uma realidade que a ciência não comprova fora das telas da TV.

"Estas não são doenças infecciosas no sentido transmissível; não transmitimos fungos uns aos outros", disse Gusa. "Mas os esporos estão no ar. Nós respiramos esporos de fungos o tempo todo e nosso sistema imunológico está equipado para combatê-los."

Os esporos de fungos são geralmente maiores que os vírus, portanto, as conhecidas máscaras usadas para combater a covid-19, por exemplo, devem dar conta do recado, além de nossa alta temperatura corporal — por enquanto.

A próxima fase da pesquisa investigará patógenos de pacientes humanos que tiveram uma infecção fúngica de forma reincidente.

“Sabemos que essas infecções podem persistir e depois voltar com possíveis alterações genéticas”, diz a cientista.

Fonte: Redação Byte
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