TikTok confirma pedido dos EUA para empresa se separar de matriz chinesa
Rede social confirmou a informação nesta sexta-feira (17). Objetivo é evitar o banimento do TikTok no país
O TikTok confirmou à agência de notícias AFP que os EUA pediram para o aplicativo se separar de sua proprietária chinesa, a ByteDance, para evitar o banimento da plataforma no país.
"Se o objetivo é proteger a segurança nacional, é desnecessário apelar ao banimento ou à alienação, pois nenhuma das opções resolve os problemas de acesso e transferência de dados da indústria", disse um porta-voz da empresa, na quarta-feira.
"Continuamos confiantes de que o melhor caminho para lidar com as preocupações de segurança nacional é a proteção dos dados e sistemas de usuários baseados nos EUA, com monitoramento robusto, investigação e verificação de terceiros".
Em um contexto de elevação da temperatura entre a Casa Branca e Pequim, portais como o Wall Street Journal (WSJ) divulgaram que o governo americano estava pressionando a plataforma a se separar do grupo controlador chinês por meio de uma ameaça de banimento. Os EUA se recusaram a comentar a informação.
Na quinta-feira, o ministério das Relações Exteriores da China acusou os americanos de "ataques injustificados" à empresa e denunciou um ambiente empresarial que discrimina estrangeiros.
"Os Estados Unidos ainda não forneceram nenhuma evidência de que o TikTok ameace a segurança nacional dos Estados Unidos", disse o porta-voz Wang Wenbin.
EUA querem banir TikTok?
A polêmica envolvendo o banimento do TikTok começou após alguns congressistas americanos começarem a suspeitar que o aplicativo estaria fornecendo dados de americanos irregularmente ao governo chinês, que por sua vez nega as acusações.
A desconfiança ganhou força após os EUA derrubarem, em fevereiro, um balão chinês acusado de ser um dispositivo de espionagem.
O pedido de separação da matriz chinesa veio do Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos (CFIUS), divisão responsável por avaliar os riscos de investimentos do exterior para a segurança nacional. Em janeiro, Casa Branca proibiu, por lei, servidores da esfera federal de terem o aplicativo em seus aparelhos.