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Trabalhadores em centro da Amazon nos EUA esperam maior apoio em 2ª tentativa de sindicalização

21 mar 2022 - 12h25
(atualizado às 15h55)
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Trabalhadores de um centro de distribuição da Amazon.com que buscam se organizar em um sindicato após uma derrota contundente no ano passado foram revigorados por um recrudescimento do movimento, apesar de grandes obstáculos adiante.

A votação dos funcionários do centro de distribuição em Bessemer, sobre sindicalização da unidade, termina este mês. A eleição anterior sofreu influência indevida da Amazon, concluiu o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos Estados Unidos.

Dada a margem de vitória de dois para um da gigante do varejo na votação original, os trabalhadores que tentam criar o primeiro sindicato em um armazém da Amazon nos EUA enfrentam uma tarefa difícil.

No entanto, desde a última votação, o movimento trabalhista ganhou força, motivado por preocupações relacionadas à pandemia e impulsionado por greves.

O governo do presidente norte-americano Joe Biden prometeu implementar políticas para facilitar a organização dos trabalhadores. A aprovação dos sindicatos é a mais alta desde 1965, mostrou uma pesquisa Gallup no ano passado.

O funcionário da Amazon, Braxton Wright, 39, disse que, embora espere uma vitória do pedido de sindicalização da unidade, mesmo uma derrota por pouca diferença em Bessemer ajudaria outros a ver que a organização sindical é possível. Simplesmente votando, "você dá a mais pessoas a coragem de se levantar e dizer: 'Ei, queremos formar um sindicato'", disse Wright.

Liderados pelo ex-funcionário da Amazon Christian Smalls, os trabalhadores de dois centros de distribuição da Amazon em Nova York receberam autorização para realizarem votações sindicais, incluindo uma neste mês.

Os apoiadores do sindicato em Bessemer dizem que a organização sob o Sindicato do Varejo, Atacado e Lojas de Departamentos (RWDSU) os ajudará a combater as metas de produtividade difíceis de serem cumpridas impostas pela empresa e a defender melhores condições de trabalho.

Para a Amazon, os sindicatos ameaçam alterar a forma como a varejista online gerencia sua operação e devem aumentar os custos trabalhistas além dos 4 bilhões de dólares em despesas extras relacionadas à escassez de trabalhadores no último trimestre.

A desconfiança com os sindicatos ainda é comum entre os trabalhadores, incentivada pela própria Amazon, que alertou em reuniões de comparecimento obrigatório que grupos sindicais poderiam determinar greves e reduções de salários, algo que o RWDSU contesta.

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