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Tubarões com câmeras mapeiam maior floresta subaquática do mundo

Descoberta amplia cobertura total de ervas marinhas conhecidas em mais de 40%

8 nov 2022 - 10h51
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Pesquisa utiliza câmera em tubarão-tigre para descobrir floresta gigante de ervas marinhas
Pesquisa utiliza câmera em tubarão-tigre para descobrir floresta gigante de ervas marinhas
Foto: Reprodução / Austin Gallagher et al., Nature Communications

Uma equipe internacional de pesquisadores amarrou câmeras e rastreadores às barbatanas de tubarões-tigres e utilizou os movimentos dos animais para estimar o tamanho de um ecossistema de ervas marinhas no fundo do mar do Caribe.

A iniciativa descobriu o que parece ser a maior floresta subaquática do mundo, estendendo-se por até 92 mil quilômetros quadrados.

Os resultados, publicados dia 1º de novembro na revista Nature Communications, mostram que o achado estende a cobertura global conhecida de ervas marinhas em cerca de 41%.

Ao jornal The Guardian, o coautor do estudo, Carlos Duarte, da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah, na Arábia Saudita, disse que “esta descoberta mostra o quão longe estamos de explorar os oceanos, não apenas nas profundezas, mas mesmo em áreas rasas”.

Ervas marinhas podem reter carbono em seus "corpos", o que pode ajudar a combater as mudanças climáticas
Ervas marinhas podem reter carbono em seus "corpos", o que pode ajudar a combater as mudanças climáticas
Foto: Cortesia de Cristina Mittermeier e SeaLegacy

Utilizando tubarões 

Para descobrir a maior floresta marinha nos bancos das Bahamas, pesquisadores se voltaram para os tubarões-tigre, que são conhecidos por preferirem viver em áreas cobertas com ervas marinhas – isso facilita a aproximação de presas.

A equipe de pesquisa anexou rastreadores de localização a 15 tubarões e depois os soltaram.

O rastreamento de seus movimentos ao longo do tempo permitiu que os cientistas criassem um mapa virtual dos campos de ervas marinhas em que viviam. Além disso, eles realizaram 2.500 expedições de pesquisas mergulhando nos campos de ervas marinhas

Com o mapa traçado pelos caminhos dos tubarões, pesquisadores estimaram que o campo de ervas marinhas tenha de 66 mil a 92 mil km quadrados — o maior ecossistema no oceano já traçado até o momento.

À medida que as mudanças climáticas avançam, cientistas de todo o mundo continuam a estudar regiões que podem ser impactadas e possíveis maneiras de retardar seu progresso. 

Nesse novo esforço, os pesquisadores observaram que até 17% do carbono capturado em sedimentos marinhos é retido em ervas marinhas, o que sugere que elas podem desempenhar um papel importante nas mudanças climáticas.

Eles acreditam que encontrar maneiras de proteger ou expandir esses campos pode ser útil para desacelerar as mudanças climáticas. 

Fonte: Redação Byte
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