Twitter começa a endurecer regras contra discurso de ódio e assédio sexual
Discursos de ódio, assédio sexual, bullying e outras ações violentas vão começar a ser punidas efetivamente pelo Twitter. Para mostrar que há um esforço para combater esse tipo de movimento, a rede social começa a aplicar suas novas regras antiabuso. Elas valem a partir desta segunda-feira (18).
As novas diretrizes fazem parte de um trabalho de dois anos no intuito de combater conteúdo e comportamento inapropriados. É também uma reação às críticas que sofreu por não ter agido com mais firmeza em casos de violência.
Essas regras valem tanto no ambiente on-line como off-line. Uma delas proíbe a afiliação de usuários a grupos e organizações que promovam a violência contra civis. Os perfis e as biografias não podem conter imagens ou símbolos relacionados ao discurso de ódio.
O Twitter não vai facilitar desta vez. Quem quebrar algumas das regras terá a conta excluída permanentemente.
Consequência de Charlottesvillle
A rede social havia sofrido muitas críticas depois dos ataques racistas que aconteceram em Charlottesville, em agosto. Um dos organizadores do protesto supremacista, Jason Kessler, teve sua conta verificada pelo Twiiter.
Depois da violência registrada na cidade, quando três pessoas morreram e várias ficaram feridas, o Twitter interrompeu o processo de verificação de conta. E chegou até a retirar o tique azul do perfil de Tommy Robinson, líder da extrema direita inglesa.
O motivo é que o tique azul estava sendo confundido como endosso, quando, na verdade, é só um símbolo de que a pessoa diz ser quem ela realmente é.
Para Jack Dorsey, fundador do Twitter, o processo estava "quebrado".