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TSE derruba perfis de Zezé di Camargo, Carla Zambelli e André Valadão

Os motivos ainda não estão claros, mas nos perfis há o aviso "A conta foi retida no Brasil em resposta a uma demanda legal"

1 nov 2022 - 16h47
(atualizado às 20h20)
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Zezé di Camargo, Carla Zambelli e André Valadão são bloqueados no Twitter
Zezé di Camargo, Carla Zambelli e André Valadão são bloqueados no Twitter
Foto: Divulgação

Os perfis no Twitter do cantor Zezé di Camargo, da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do pastor evangélico André Valadão foram bloqueados nesta terça-feira (1°). Zambelli também teve outras contas em plataformas digitais suspensas, como Facebook, YouTube, LinkedIn e Instagram. Os motivos ainda não estão claros, mas a ação teria sido um pedido do Tribunal Superior Eleitoral.

Nas contas suspensas, o Twitter direciona para um link que explica o possível motivo. 

"Em nosso esforço contínuo para disponibilizar nossos serviços para pessoas em todos os lugares, se recebermos uma solicitação válida e com escopo adequado de uma entidade autorizada, pode ser necessário reter o acesso a determinado conteúdo em um determinado país de tempos em tempos. Tais retenções serão limitadas à jurisdição específica que emitiu a demanda legal válida ou onde o conteúdo violar a(s) lei(s) local(is)", diz as regras da plataforma.

Zezé di Camargo é apoiador de Jair Bolsonaro, mas ainda não se sabe se a suspensão de seu perfil individual (@zezedicamargo) teria sido por postagens políticas. O aviso na página diz: "Conta suspensa: o Twitter suspende as contas que violam as Regras do Twitter". Já o perfil da dupla com o irmão Luciano segue ativo. 

Carla Zambelli manifestou recentemente apoio aos movimentos que contestam as eleições e estão bloqueando rodovias pelo Brasil. A deputada tinha mais de 2 milhões de seguidores no Twitter. No último sábado (29), a deputada perseguiu um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Já André Valadão compartilhou um vídeo no Twitter em 19 de outubro com uma suposta retratação a Lula— então candidato a presidente no segundo turno das eleições — sob intimação do Tribunal Superior Eleitoral. Tanto a Justiça Eleitoral quanto o TSE desmentiram que houve tal exigência da parte deles. Em resumo, o vídeo seria uma resposta a uma fake news inventada por Valadão, para assumir o papel de vítima.

Byte procurou o Twitter no Brasil para saber sobre o bloqueio das contas e aguarda o posicionamento da empresa. Também busca mais dados com o TSE e André Valadão.

Procurada, a assessoria de Zezé di Camargo disse que o perfil removido não é mais oficial do cantor há algum tempo, embora o nome de usuário ainda conste na descrição do perfil oficial do Twitter da dupla com Luciano.

Em nota, Carla Zambelli disse que "o parlamento está sendo violado, censurado e calado”. “O objetivo do TSE é eliminar qualquer reação espontânea nas redes sociais e trocar por uma atmosfera de inibição de pensamento. Em nome da democracia, extingue o direito às reações naturais”, diz o texto. 

O fator Elon Musk e o caso Trump

O caso acontece menos de uma semana após o magnata Elon Musk assumir a chefia do Twitter, na sexta-feira (28). Ao longo deste ano, Musk prometeu rever a política de moderação de conteúdo, criando o que ele chama de “arena de liberdade de expressão”, mas não detalhou como isso será feito. 

O empresário tuitou na ocasião:  "O pássaro está livre", referindo-se ao símbolo da rede social, que é um pássaro azul. 

Segundo a agência de notícias Bloomberg, uma fonte teria dito que Musk pretende acabar com as proibições permanentes de usuários porque não acredita em um banimento eterno. Neste caso, pessoas que foram expulsas da plataforma teriam permissão para retornar, como o ex-presidente Donald Trump.

O Twitter baniu Trump dias após a insurreição do Capitólio em Washington em 2021, alegando que havia “risco de mais incitação à violência”. Alguns analistas temem que a medida de reverter banimentos possa tornar o espaço em aplicativo tóxico e cheio de discurso de ódio.

Fonte: Redação Byte
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