Twitter tem mais uma leva de demissões, chefe de políticas públicas deixa empresa
A diretora de políticas públicas do Twitter deixou a empresa em meio a demissões adicionais na companhia, disseram fontes familiarizadas com o assunto à Reuters nesta quinta-feira.
Sinead McSweeney, vice-presidente global de políticas públicas, deixou o Twitter, segundo duas fontes.
As demissões e a saída de McSweeney da companhia ocorreram enquanto reguladores de todo o mundo questionam o trabalho de moderação de conteúdo do Twitter e a proteção dos dados dos usuários. Os questionamentos ocorreram depois que o bilionário Elon Musk cortou a equipe da rede social de mais de 7 mil funcionários para menos de 2 mil após comprar a empresa por 44 bilhões de dólares em uma operação alavancada.
A equipe de políticas públicas é responsável por interagir com os legisladores e a sociedade civil em questões como liberdade de expressão, privacidade e segurança online.
O grupo lida com solicitações de governos e grupos de direitos civis para remoção de conteúdo tido como problemático e define regras para proteger usuários vulneráveis. Com menos funcionários, os atrasos nas respostas aos pedidos podem aumentar e algumas políticas em desenvolvimento podem ser ignoradas, disse uma das fontes.
Nick Pickles, diretor sênior de estratégia global de políticas públicas, assumiu o cargo de McSweeney, disseram as duas fontes.
McSweeney, Pickles, Musk e o Twitter não comentaram o assunto.
No mês passado, o comissário da União Europeia Thierry Breton disse a Musk que a plataforma enfrenta "enorme trabalho pela frente" para cumprir os regulamentos europeus sobre moderação de conteúdo, remoção de desinformação e limitação de publicidade direcionada.
Uma fonte disse à Reuters que metade dos 30 membros remanescentes da equipe de políticas públicas do Twitter foi cortada na quarta-feira, o que implica que 15 pessoas foram demitidas.
Reportagens da mídia esta semana disseram que McSweeney, que mora em Dublin, fez um acordo com o Twitter depois de ganhar uma liminar da Justiça para impedir a empresa de demiti-la depois que ela não respondeu a um email de Musk para toda a companhia exigindo que os funcionários concordassem com uma "cultura hardcore" ou deixassem a empresa.