Um país parece determinado a reduzir os preços do petróleo nos próximos meses: o Cazaquistão
País produziu 1,767 milhão de barris por dia em fevereiro, muito acima de sua cota na OPEP+
O mercado de petróleo está passando por uma de suas fases mais instáveis, desde disputas internas dentro da OPEP+ até as políticas de produção de grandes potências fora da organização. Nesse cenário, o papel do Cazaquistão tem se tornado cada vez mais relevante, mas o verdadeiro perigo pode estar por vir, principalmente levando em conta outros atores internacionais, como os Estados Unidos.
O excesso de produção
Em fevereiro, o Cazaquistão foi notícia porque teve que acelerar seu desenvolvimento nuclear para lidar com sua crescente escassez de energia, aprovando sua primeira usina nuclear. Agora, esse país, que sempre manteve um perfil discreto na área petrolífera, tem aumentado a produção nas últimas semanas, superando as estimativas da OPEP+. De acordo com um relatório recente, o Cazaquistão produziu 1,767 milhão de barris por dia (bpd) em fevereiro, um aumento notável em relação ao 1,570 milhão de bpd de janeiro e muito acima de sua cota na organização, que está fixada em 1,468 milhão de bpd.
No campo de Tengiz, operado em colaboração com a Chevron, a produção superou as expectativas, tornando-se a maior dentro da OPEP+. Essa situação tem gerado um desafio para as metas da organização de manter um equilíbrio na produção.
Em uma tentativa de estabilizar os preços, a organização petrolífera decidiu aumentar gradualmente a produção após anos de cortes para impulsionar os preços do petróleo. No entanto, com o preço do petróleo despencando, a OPEP+ vê-se na necessidade de ...
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