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United Technologies e Raytheon farão fusão para criar gigante aeroespacial de US$120 bi

10 jun 2019 - 10h26
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A United Technologies concordou no domingo em combinar seus negócios aeroespaciais com a empreiteira Raytheon e criar uma nova empresa no valor de cerca de 121 bilhões de dólares, no que seria a maior fusão do setor.

25/01/2017
REUTERS/Brian Snyder
25/01/2017 REUTERS/Brian Snyder
Foto: Reuters

O acordo reformularia o cenário competitivo ao formar um conglomerado que abrange a aviação comercial e equipamentos de defesa. A United Technologies fornece eletrônicos, comunicações e outros equipamentos, principalmente aos fabricantes de aviões comerciais, enquanto a Raytheon fornece aeronaves militares e equipamentos de mísseis, principalmente ao governo dos Estados Unidos.

Embora a United Technologies e a Raytheon tenham alguns clientes em comum, sua sobreposição de negócios é limitada, um argumento que as empresas planejam fazer quando os reguladores antitruste dos EUA começarem a analisar a fusão.

No entanto, as duas principais fabricantes de aviões comerciais, Boeing e Airbus, assim como o Pentágono, são conhecidos por usar seu significativo poder de compra para buscar concessões de seus fornecedores e podem não receber bem uma redução potencial na competição entre eles.

Sob o acordo anunciado no domingo, os acionistas da Raytheon receberão 2,3348 ações da empresa combinada para cada ação da Raytheon. A fusão deve resultar em mais de 1 bilhão de dólares em sinergias de custos até o final do quarto ano, disseram as empresas.

Os acionistas da United Technologies terão cerca de 57% do negócio combinado, chamado Raytheon Technologies Corporation, que será liderado por Greg Hayes, presidente-executivo da United. Os acionistas da Raytheon serão os proprietários da participação remanescente, e o presidente-executivo da Raytheon, Tom Kennedy, será nomeado presidente executivo do conselho da empresa combinada. As empresas negociaram os termos ao longo de vários meses, segundo a fonte, que pediu anonimato discutindo as deliberações confidenciais.

O acordo deve ser fechado no primeiro semestre de 2020.

A empresa recém-criada deverá retornar entre 18 bilhões e 20 bilhões de dólares aos acionistas nos primeiros três anos após a conclusão do negócio, disseram as empresas. A nova empresa também assumirá cerca de 26 bilhões de dólares em dívida líquida, acrescentaram.

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