Universal Music Group defende novo modelo para streaming
A Universal Music Group, a maior gravadora do mundo, disse que a receita trimestral de streaming de música ultrapassou 1 bilhão de euros pela primeira vez no quarto trimestre do ano passado, um marco que ressalta sua importância contínua para a indústria fonográfica.
Mesmo com o presidente-executivo da Universal Music, Lucian Grainge, elogiando o crescimento sustentado do streaming e a capacidade da tecnologia de conectar artistas com seus fãs, ele usou uma conferência com investidores da empresa na quinta-feira para defender um novo modelo econômico.
"O streaming evoluiu de uma forma que subestima as contribuições críticas de muitos artistas, bem como o envolvimento de muitos fãs", disse Grainge. Ele acrescentou que a empresa está trabalhando com seus parceiros em novos modelos para garantir o crescimento contínuo do streaming e uma compensação justa para os artistas.
A Universal Music fechou um novo contrato com o serviço de música Tidal em janeiro, e Grainge disse que a gravadora está em negociações com outras grandes plataformas globais, incluindo uma de vídeos curtos, uma aparente referência ao TikTok.
O diretor digital da Universal Music Group, Michael Nash, se recusou a comentar as negociações com "qualquer parceiro específico".
A empresa disse que as músicas mais vendidas no trimestre incluíram lançamentos de Drake, Seventeen e "Midnights", de Taylor Swift, que fez história ao ocupar todos os 10 primeiros lugares na lista das 100 músicas mais populares da Billboard.
A geração de caixa medida pelo lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Universal, foi de 620 milhões de euros no trimestre ante 568 milhões um ano antes. Analistas esperavam Ebitda de 621,25 milhões de euros para a companhia, segundo dados da Refinitiv.
A receita de assinaturas e streaming, que responde por mais da metade da receita da Universal Music com músicas gravadas, aumentou 18,5% em relação ao ano anterior, para 1,44 bilhão de euros.