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Uso de aspirina pode aumentar risco de quedas em idosos, diz estudo

Estudo foi feito pela Universidade Monash, na Austrália, e foi publicado depois de quase 5 anos de análises

7 nov 2022 - 18h11
(atualizado às 18h12)
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Doses diárias de Aspirina, mesmo baixas, podem aumentar risco de quedas graves em idosos
Doses diárias de Aspirina, mesmo baixas, podem aumentar risco de quedas graves em idosos
Foto: Steve Buissinne / Pixabay

Um novo estudo da Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália, feito com mais de 16 mil pessoas, mostrou que idosos com mais de 70 anos que tomam um comprimido de baixa dose de Aspirina por dia possuem 10% mais chances de ter problemas com quedas. A publicação foi feita na revista JAMA Internal Medicine.

É natural que o equilíbrio diminua à medida que envelhecemos, porém esse achado pode alertar para uma prescrição mais cuidadosa da medicação para pacientes idosos que possuem risco de ataque cardíaco e derrame. 

Por afinar o sangue, muitas vezes a aspirina é prescrita para evitar mais complicações cardiovasculares. E as pesquisas até então também sugerem que a droga pode retardar um pouco o declínio cognitivo e fortalecer os ossos – o que teoricamente levaria a menos quedas.

Porém, os resultados do estudo Aspirina na Redução de Eventos no Idoso (ASPREE), dos pesquisadores de Melbourne, mostrou que pessoas idosas que tomam baixas doses de aspirina diariamente estão mais suscetíveis a quedas graves.

O estudo durou quase 5 anos de análise e a equipe acompanhou 16.703 australianos brancos com 60 anos ou mais que foram descritos como “relativamente saudáveis”. Enquanto metade dos participantes recebeu 100 mg de Aspirina uma vez por dia – a dose padrão dada a idosos – o resto utilizou placebo.

Participantes que estavam utilizando outros medicamentos foram considerados e o uso de medicamentos foi equilibrado entre os que usaram a Aspirina e o placebo.

Cerca de metade das pessoas com mais de 80 anos caem pelo menos uma vez por ano, por isso a compreensão dos fatores de risco é tão importante.
Cerca de metade das pessoas com mais de 80 anos caem pelo menos uma vez por ano, por isso a compreensão dos fatores de risco é tão importante.
Foto: Sabine van Erp / Pixabay

Enquanto eram feitos os estudos, mais de 1.400 desses idosos relataram pelo menos uma queda que necessitava de tratamento hospitalar. E entre esse grupo, os que estavam na equipe que recebeu Aspirinas tiveram 10% a mais de propensão para ter quedas em comparação com os que não tomaram a medicação.

De acordo com a análise estatística, esse dado não é aleatório. Não houve muita diferença no risco de fratura entre os grupos e também não se sabe se a teoria é a mesma para grupos de etnia não-branca.

Descoberta alerta para cuidado na prescrição

Anna Barker, uma das responsáveis pelo estudo, afirmou: "Temos que pesar os riscos e benefícios de cada medicamento que adicionamos ao regime de uma pessoa idosa, e certamente — em termos de prevenção primária sem referência ao risco cardiovascular ou de derrame — temos que suspeitar muito para prescrever Aspirina, sabendo dos riscos aumentados que ela carrega em relação a quedas graves". 

De acordo com Jennifer Burns, da Sociedade Britânica de Geriatria, cerca de metade das pessoas com mais de 80 anos caem pelo menos uma vez por ano, e por isso a compreensão dos fatores de risco é tão importante.

Para Burns, o risco aumentado de quedas de pessoas que tomam a Aspirina pode estar relacionado ao efeito anticoagulante da droga. Os indivíduos podem ter sangramento significativo ou hematomas que exijam cuidados de emergência – características que não foram avaliadas na pesquisa.

Para reduzir o risco de quedas, Burns lembra que é importante fazer exercícios de equilíbrio e condicionamento físico.

Fonte: Redação Byte
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