Uso frequente de celulares pode afetar qualidade do sêmen, diz estudo
Pesquisadores colheram dados de mais de 2.800 homens com idades entre 18 e 22 anos
Homens que usam o celular frequentemente podem enfrentar uma queda na qualidade do esperma, aponta um novo estudo da Universidade de Genebra, na Suíça.
A pesquisa revelou que a concentração de espermatozoides em homens que usam o smartphone mais de 20 vezes por dia diminuiu em mais de 20%.
Esse fenômeno, associado ao aumento no uso de celurares, levanta preocupações sobre os efeitos dos campos eletromagnéticos de radiofrequência na saúde reprodutiva masculina.
Qualidade
A qualidade do sêmen de um homem é um fator crítico em sua saúde reprodutiva, e os estudos demonstram que a contagem de espermatozoides diminuiu significativamente nas últimas décadas.
As razões por trás dessa tendência incluem uma combinação de fatores ambientais, como exposição a pesticidas e radiação, bem como hábitos de vida como dieta, tabagismo, álcool e estresse.
Para entender se os telefones celulares desempenham um papel nessa queda na qualidade do esperma, pesquisadores da Universidade de Genebra conduziram um estudo envolvendo 2.886 homens jovens, com idades entre 18 e 22 anos.
Os resultados revelaram uma associação entre o uso frequente de telefones celulares e uma redução de 21% na concentração de espermatozoides, em comparação com aqueles que usam o telefone menos de uma vez por semana.
Curiosamente, a conexão entre o uso de smartphones e a qualidade do esperma foi mais pronunciada nos primeiros anos do estudo, entre 2005 e 2007, e diminuiu gradualmente à medida que a tecnologia evoluiu.
A transição de 2G para 3G e depois para 4G levou a uma redução na potência de transmissão dos telefones, o que pode explicar essa tendência, explicou ao Daily Mail Martin Roosli, pesquisador que participou do estudo.
No entanto, os cientistas afirmam que o mecanismo exato pelo qual os telefones celulares afetam o sistema reprodutor masculino ainda não está claro.
Questões sobre a influência direta ou indireta das microondas dos telefones, o aumento de temperatura nos testículos e a regulação hormonal da produção de esperma permanecem sem respostas definitivas.
Os resultados deste estudo levantam a necessidade de mais pesquisas para entender completamente os impactos da dependência do smartphone na fertilidade masculina.