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Vacina aplicada por ultrassom não usa agulhas e é mais eficiente

Cientistas desenvolveram moléculas especiais de imunizantes que podem ser aplicados via ultrassom, sem agulhas ou métodos invasivos, produzindo mais anticorpos

4 dez 2023 - 15h49
(atualizado às 18h40)
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Cientistas da Universidade de Oxford desenvolveram um método para aplicar vacinas através de ultrassom, sem a necessidade de agulhas e perfurações na pele. Para isso, as moléculas dos imunizantes foram misturadas com proteínas minúsculas em formato de copo. Elas são aplicadas por meio deu um líquido em camundongos de laboratório, como nos exames de ultrassom, por um minuto e meio.

Foto: Elen Sher/Unsplash / Canaltech

No experimento com os roedores, a vacina sem agulha foi aplicada e absorvida pela camada mais externa da pele, onde o formato das proteínas fez com que bolhas cheias do imunizante se formassem. À medida que o ultrassom continuava sendo aplicado, as bolhas estouravam e liberavam a substância no corpo, o que também limpava algumas das células mortas da pele, fazendo que ela ficasse mais permeável e mais moléculas vacinais a atravessassem.

Eficiência da vacina por ultrassom

As vacinas comuns, aplicadas por agulhas, chegam até os músculos para além da camada de pele, enquanto o método ultrassônico chega apenas até a camada mais externa do corpo. Segundo os cientistas, no entanto, a aplicação superficial já seria o suficiente para imunizar uma pessoa. Nos testes com camundongos, na verdade, notou-se que o processo, apesar de entregar 700 vezes menos moléculas de vacina do que uma seringa, fez com que os animais produzissem mais anticorpos.

O método de ultrassom foi bem-sucedido em camundongos, com a vacina gerando mais anticorpos do que as aplicadas via seringa, mas mais testes serão necessários para confirmar sua eficácia em humanos (Imagem: uladzimirz/envato)
O método de ultrassom foi bem-sucedido em camundongos, com a vacina gerando mais anticorpos do que as aplicadas via seringa, mas mais testes serão necessários para confirmar sua eficácia em humanos (Imagem: uladzimirz/envato)
Foto: Canaltech

De acordo com os pesquisadores, isso pode ser por conta da presença de mais células imunes na pele do que nos músculos, mas essa ocorrência ainda está sendo investigada. Os roedores não apresentaram sinais de dor e não houve danos visíveis à sua pele após a aplicação do ultrassom. O novo método pode ajudar a tirar uma das barreiras à vacinação, que é o medo de agulhas, porém seu uso só poderá se tornar generalizado após testes mais profundos e feitos em humanos.

Ainda há a questão de que as bolhas podem espalhar as moléculas imunizantes de forma pouco uniforme ou em quantidades imprevisíveis, o que será estudado a partir da gravação dos sons de seu estouro sob a pele. Os resultados da pesquisa feita até agora sobre o assunto foram apresentados na Conferência de Acústica 2023, realizada em Sydney, na Austrália, na última segunda-feira (4).

Fonte: Acoustical Society of America

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