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Vacina contra dengue? Indonésia está prestes a aplicar imunizante na população

Imunizante foi desenvolvido pela farmacêutica Takeda e poderá ajudar a reduzir os casos da doença em toda a Ásia

9 nov 2022 - 18h05
(atualizado às 18h06)
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Vacina da dengue foi desenvolvida pela farmacêutica Takeda
Vacina da dengue foi desenvolvida pela farmacêutica Takeda
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

A "Qdenga", vacina para prevenir a infecção da dengue, doença que mata cerca de 20 mil pessoas ao redor do mundo por ano, está prestes a ser lançada na Indonésia.

A dengue tem quatro 'tipos' distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Para a proteção contra o desenvolvimento de um quadro grave da doença, é necessária prevenir ao menos dois deles. Assim, após uma segunda infecção, ou vacinação seguida de uma infecção avançada, as pessoas normalmente ficam "protegidas".

Qdenga é uma vacina de vírus inativado de duas doses, que usa o DENV-2 como espinha dorsal, mas que carrega genes para proteínas-chave dos outros três sorotipos.

Em 2019, a farmacêutica Takeda publicou os resultados de um estudo sobre a eficácia da vacina em oito países, realizado em cerca de 19 mil crianças entre quatro e 16 anos. Um ano após a imunização, a vacina teve eficácia de 80% contra dengue sintomática e 95% contra hospitalização.

Em um comunicado à imprensa publicado em junho deste ano, a fabricante informou que, em 4,5 anos após a imunização, a eficácia caiu para 61% para a infecção sintomática e 84% para a hospitalização.

A agência reguladora de medicamentos da Indonésia aprovou a vacina para pessoas com idade entre seis e 45 anos.

Cientistas produziram nova vacina contra a dengue
Cientistas produziram nova vacina contra a dengue
Foto: Canaltech

Algumas questões preocupam cientistas

Alguns cientistas se pronunciaram durante as últimas semanas afirmando que estariam preocupados com algumas etapas de segurança puladas no teste da nova vacina, sendo a principal questão o fato que a Qdenga é o primeiro imunizante destinado para pessoas que não foram expostas à dengue

A única vacina aprovada, a Dengvaxia, desenvolvida pela Sanofi, pode ser administrada apenas a pessoas que já foram infectadas. Em humanos sem histórico de infecção, a Dengvaxia aumenta o risco de doenças graves, como a febre hemorrágica, se relacionada com uma condição rara chamada “antibody-dependent enhancement” (ou realce dependente de anticorpos - ADE), na qual a vacinação induz anticorpos que pioram uma infecção subsequente.

E é justamente a mistura perigosa que a vacina com a ADE que está preocupando cientistas com relação à vacina Qdenga, da Takeda. 

“Fiquei realmente desapontado e surpreso que o governo indonésio tenha aprovado” a vacina sem restrições, disse Aravinda de Silva, virologista da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, que colaborou com Takeda e outros desenvolvedores de vacinas contra a dengue, em um artigo publicado na revista científica Nature.

Um porta-voz da Takeda afirmou que os dados de ensaios clínicos foram coletados de mais de 28 mil pessoas ao longo de 4,5 anos, o que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a empresa, os dados mostram que a Qdenga é segura, independentemente da exposição anterior à dengue

E a Agência Europeia de Medicamentos, por sua vez, afirma que não há evidências claras de um risco maior de doença grave em pessoas que não foram infectadas anteriormente.

Alguns cientistas, como Tedjo Sasmono, virologista do Centro de Pesquisa Eijkman para Biologia Molecular em Jacarta, na Indonésia, afirmam que a importância da "Qdenga em ajudar a reduzir os níveis da doença, endêmica em mais de 100 países e com esforços de tratamento e prevenção limitados, é de extrema urgência". 

Fonte: Redação Byte
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