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Vacina sem dor: creme substitui agulha e desafia o modelo tradicional de aplicação

Objetivo é proporcionar a mesma defesa por meio da aplicação de um creme na pele

14 dez 2024 - 05h00
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Resumo
Pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, estão criando uma vacina em forma de creme para imunização contra várias doenças, dispensando o uso de agulhas.
Produto passou por testes com camundongos e mostrou resultados animadores. O melhor de tudo é que pode ser empregado no combate a várias enfermidades.
Produto passou por testes com camundongos e mostrou resultados animadores. O melhor de tudo é que pode ser empregado no combate a várias enfermidades.
Foto: Momentum studio/Shutterstock

É indiscutível a relevância de se imunizar, porém, para muitos, esse é um verdadeiro obstáculo devido ao receio de agulhas. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, estão criando um novo tipo de vacina: em creme!

O objetivo é proporcionar a mesma defesa por meio da aplicação de um creme na pele. O produto passou por testes com camundongos e mostrou resultados promissores. A boa notícia é que a inovação pode ser empregada no combate de várias enfermidades.

De acordo com os cientistas, o segredo reside em uma bactéria que habita nossa pele: a Staphylococcus epidermoides. Os pesquisadores descobriram que uma proteína encontrada na superfície bacteriana pode provocar uma potente reação imunológica contra o tétano.

Uma experiência conduzida com camundongos confirmou a efetividade do procedimento. Após aplicar o creme nos animais, observou-se um crescimento notável dos anticorpos contra a bactéria nas seis semanas subsequentes, alcançando níveis superiores aos das vacinas convencionais.

Todas as cobaias se recuperaram e não exibiram sinais da enfermidade. Os achados foram detalhados em pesquisa divulgada na revista Nature.

Creme pode ser utilizado contra várias doenças

  • Segundo os pesquisadores, o mesmo processo pode ser aplicado na criação de vacinas contra outras enfermidades;
  • No mesmo estudo, a equipe trocou a toxina do tétano pela da difteria e também observou uma resposta imunológica nos camundongos;
  • Com a descoberta, poderiam desenvolver novas vacinas que dispensam o uso de agulhas, aplicando as vacinas através de um simples toque na pele;
  • O próximo passo é testar a técnica em macacos;
  • A expectativa é que os primeiros testes em humanos aconteçam em dois ou três anos.

     

Fonte: Redação Byte
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