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Valores a receber | Golpes com "dinheiro esquecido" voltam a circular

Golpistas se passam pelo Banco Central e falam em grandes valores de "dinheiro esquecido", cobrando taxas que não existem para um saque que jamais acontece

6 jul 2023 - 18h24
(atualizado em 7/7/2023 às 06h48)
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Os chamados "Valores a receber" voltaram a ser o tema de um golpe de amplo alcance no Brasil. Os bandidos se passam pelo Banco Central e também por uma plataforma de consultas online para falar em grandes montantes de "dinheiro esquecido", que seriam de direito dos cidadãos em troca de uma taxa inexistente que, na verdade, vai diretamente para o bolso dos golpistas.

Como vem acontecendo desde o começo do ano, os golpes estão sendo disseminados por e-mail, com links maliciosos que levam a uma página falsa. Sites de notícias também são falsificados como parte da operação, que traz longas explicações sobre uma suposta taxa de R$ 97 para saque de milhares de reais em Valores a receber, que seriam necessárias para manter o sistema funcionando. O preço é cobrado por meio do Pix, mas depois da transferência, a vítima jamais recebe o montante indicado.

De acordo com o alerta da empresa de segurança Kaspersky, a fraude também é usada para roubar informações. Durante o processo, são solicitados dados como CPF, data de nascimento e a chave Pix da vítima, que pode ser seu telefone celular, abrindo as portas para novas fraudes ou tentativas de roubo de perfis em redes sociais e outras plataformas.

Foto: Daniel Dan/Unsplash / Canaltech

Para aumentar a falsa sensação de segurança, os bandidos usam logo do governo federal e design similar ao do Banco Central, enquanto comentários e nomes de pessoas vão sendo exibidos na parte inferior da tela, indicando supostos saques recém-realizados. Uma plataforma financeira legítima é usada para recebimento da taxa fraudulenta, mas, enquanto o site falso permanecia no ar, a página de pagamentos constava como indisponível no momento em que esta reportagem foi escrita.

Consultas de valores a receber devem ser feitas apenas no site oficial

"É comum que os criminosos usem elementos visuais que imitam [as plataformas reais]. O objetivo é fazer as vítimas pensarem que se trata de um site verdadeiro", explica Fabio Assolini, diretor da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina. Ele aponta, entretanto, a presença de erros ortográficos que são característicos de fraudes desse tipo e também servem como indicativos de que algo está errado.

Falando sobre os golpes que vêm sendo aplicados desde o ano passado com o "dinheiro esquecido", o Banco Central deixa claro: o único meio de checar se o cidadão tem valores a receber é no site oficial do órgão. Além disso, o órgão afirma que não entra em contato direto com as pessoas sobre o assunto, seja por e-mail, WhatsApp ou SMS, e que não são exigidas taxas para liberação de saques.

Prestar atenção nos sites acessados e também nas informações solicitadas são bons caminhos para manter a segurança e evitar golpes. Além da atenção a erros de ortografia, Assolini indica também um olhar aos endereços digitados, que sempre devem corresponder aos oficiais. Caso contrário, o ideal é não preencher informações e, muito menos, realizar pagamentos.

Ter antivírus e outras soluções de segurança no computador e smartphone também ajuda, já que tais softwares podem identificar e bloquear e-mails fraudulentos ou sites suspeitos. Por fim, é importante pesquisar na hora de baixar aplicativos ou acessar sites, utilizando apenas serviços legítimos e lojas oficiais.

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