Veja os principais golpes do Bolsa Família e como evitá-los
Saque extra, bloqueio de benefício e links mal-intencionados são as táticas utilizadas para atrair beneficiários
Os crimes online infelizmente têm se tornado cada vez mais comum no Brasil, e as táticas são inúmeras: links duvidosos, e-mails suspeitos, invasão às redes sociais e até golpes em benefícios sociais como o Bolsa Família.
Há pelo menos cinco anos que ficamos sabendo de golpes no WhatsApp com o objetivo de atingir os beneficiários do programa. Mas surgiram muitos outros desde então.
- Cibercriminosos se utilizam da vulnerabilidade e inocência das pessoas para roubar dinheiro e dados;
- Por meio de links e mensagens duvidosas, instigam os usuários cadastrados no programa social para roubar o dinheiro;
- Golpistas também utilizam softwares para roubar dados e comprometer a segurança do aparelho.
Uma das armas mais comuns fraudar as contas por aplicativos de mensagem. A prática, no entanto, não é nova. Em 2018, golpistas utilizavam o aplicativo do WhatsApp como alvo principal de uma campanha de instalação de malware e roubo de dados.
Funciona assim: uma mensagem, que chega por meio de contatos conhecidos do próprio mensageiro, indica a possibilidade de recebimento de uma quantia de quase R$ 1.000 pelos cadastrados no programa, levando as vítimas a baixarem softwares maliciosos e comprometerem a segurança de seus aparelhos móveis.
Já em 2019, mais de 180 mil pessoas foram atingidas pelo golpe do WhatsApp em uma semana. A fraude prometia liberar parcelas do 13° em julho.
Informe de saque disponível
A abordagem golpista do saque disponível envolve o uso do número do CPF da vítima para "coletar" das parcelas do benefício que estariam disponíveis.
Caso receba mensagem do tipo, informe-se no aplicativo Caixa Tem, usado para gerenciar o benefício do Bolsa Família, se houve tentativa de recebimento em seu nome. Lembre-se de olhar o calendário de pagamentos, assim não haverá qualquer tipo de surpresa.
SMS
Criminosos também constumam fraudar os dados via mensagem de texto. Nessa prática, o conteúdo inclui um link, que quando acessado pelos beneficiários, permite que os golpistas tenham acesso aos dados da vítima.
Para que isso aconteça, ela deve ser direcionada a um formulário e preencher os campos com seus dados. A mensagem via SMS traz um tom convincente para que a pessoa acesse o link.
Por exemplo, há nela um número 0800 e os golpistas adotam um sistema de distribuição de SMS para entrega das mensagens. O meio costuma ser usado por bancos em validações e informes, o que aumenta a possibilidade de o usuário cair.
Uma das promessas da mensagem é um aumento no benefício; em outros casos, há a afirmação de que haverá bloqueio do benefício caso o usuário não atualize os dados.
Como evitar cair em golpes
Em 2020, a Caixa Ecônomica Federal emitiu um alerta sobre os golpes no app Caixa Tem, para que os beneficiários do Bolsa Família se protegessem de fraudes.
Algumas práticas, no entanto, podem ajudar o usuário na hora de identificar golpes digitais, principalmente em redes sociais.
- Não clicar em links de números desconhecidos — principalmente quando chegam via SMS, WhatsApp e outras redes sociais;
- Não informar nenhum código, senha e dados pessoais, cédulas de identidade ou fotos em sites ou aplicativos que não sejam a próxima Caixa;
- Prometeu demais? Colocou risco de perder o benefício? Desconfie;
- Não responder e-mail ou SMS com link de autorização da Caixa — o banco não pede esse tipo de informação dessa forma;
- Não instale qualquer aplicativo que seja solicitado em nome da Caixa; a instituição bancária não pede que usuários façam esse tipo de download;
- Na dúvida, procure a agência mais próxima da Caixa Ecônomica Federal para mais informações.