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Vermes também têm larica após contato com maconha, diz estudo

Pesquisa mostra que decisões alimentares dos humanos são influenciadas por fatores que até um verme pode entender

24 abr 2023 - 16h36
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Estudo mostrou que vermes têm alimentação hedônica – popularmente conhecida como larica
Estudo mostrou que vermes têm alimentação hedônica – popularmente conhecida como larica
Foto: Universidade de Oregon

Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, revelou que vermes nematoides, conhecidos como Caenorhabditis elegans, ficam mais famintos quando embebidos em substâncias ativas encontradas na maconha.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Current Biology na última quinta-feira (20) e surpreenderam os próprios cientistas. O experimento foi realizado em 2015, pouco depois de Oregon legalizar a cannabis, e teve como objetivo entender as preferências alimentares dos vermes.

Os pesquisadores descobriram que os canabinoides aumentavam o desejo dos vermes por uma mistura de bactérias que comiam, tornando-os mais famintos por seus alimentos favoritos e menos famintos por seus alimentos menos preferidos. Os vermes se envolviam em alimentação hedônica, um fenômeno mais comumente conhecido como larica, assim como os humanos.

“O próprio fato da alimentação hedônica em nematoides foi surpreendente. A fome em um verme. Sério?”, disse à CNN Shawn Lockery, professor do Instituto de Neurociência da Universidade de Oregon em Eugene e coautor do estudo.

Os cobaias também foram geneticamente modificados para que pontos de seus músculos e neurônios brilhassem em verde ao interagir com canabinoides. Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, ingredientes ativos da cannabis fizeram com que os neurônios olfativos dos vermes fossem mais sensíveis aos alimentos preferidos dos vermes - motivo ainda permanece um mistério.

Lockery acrescentou que a descoberta pode ajudar a entender melhor o sistema endocanabinoide dos humanos e de outros animais, que desempenha papéis importantes na alimentação, ansiedade, aprendizado e memória, reprodução e metabolismo.

Além disso, o C. elegans é um modelo de laboratório ideal para estudar células nervosas, e a pesquisa pode ajudar a acelerar a descoberta de novos medicamentos para distúrbios metabólicos, incluindo a obesidade.

Fonte: Redação Byte
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