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Vídeo original do ataque na Nova Zelândia foi visto 4 mil vezes, diz Facebook

Além das visualizações do vídeo original, as imagens apareceram na plataforma 1,5 milhão de vezes durante 24 horas após a transmissão ao vivo; a rede social afirma que 1,2 milhão de novos uploads do vídeo foram bloqueados

19 mar 2019 - 12h13
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O Facebook afirmou em nota nesta segunda-feira, 18, que o vídeo original do ataque na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, foi visto cerca de 4 mil vezes antes de ser removido - o número é referente a todo período no qual o vídeo ficou na plataforma, não apenas da transmissão ao vivo. Durante a transmissão do massacre houve 200 visualizações. Além disso, segundo a rede social, cópias do vídeo foram inseridas na plataforma 1,5 milhão de vezes durante as 24 horas após a transmissão ao vivo.

A declaração da empresa é uma tentativa de resposta às críticas que acusam a plataforma de permitir a disseminação de conteúdo extremista.

A rede social afirmou que usuários só começaram a notificar o Facebook sobre o vídeo 12 minutos após o fim da transmissão ao vivo. As imagens em questão mostram o atirador filmando durante 17 minutos o ataque que matou 50 pessoas em duas mesquitas da Nova Zelândia na última quinta-feira, 14.

Em nota, o Facebook diz que 1,2 milhão de novos uploads do vídeo foram bloqueados na plataforma nas primeiras 24 horas - isso significa que 300 mil versões puderam ser vistas na rede social, já que usuários fizeram upload de 1,5 milhão de vídeos com o conteúdo.

A moderação de conteúdo do Facebook não foi eficiente: agência de notícias Reuters encontrou vídeos do tiroteio na plataforma cerca de 10 horas após o ataque. Esse episódio levanta dúvidas sobre o motivo do Facebook ainda se apoiar em notificações de usuários para remover vídeos, já que a rede social afirma ter ferramentas de moderação que usam inteligência artificial.

A rede social afirma também que excluiu as contas pessoais o atirador tanto no Facebook quanto no Instagram.

As críticas não são direcionadas somente ao Facebook. O vídeo também circulou no YouTube e no Twitter - as duas plataformas também estão sendo cobradas por permitirem a disseminação de conteúdos extremistas.

Estadão
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