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Videogame não causa danos cognitivos a crianças e pré-adolescentes

O tempo gasto jogando videogame e a escolha do gênero do jogo não influenciaram negativamente as habilidades cognitivas, de acordo com um novo artigo científico

9 fev 2023 - 13h12
(atualizado às 16h08)
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Talvez você já tenha recebido alguma bronca dos pais por jogar videogame quando era muito pequeno, alegando que isso faz mal. No entanto, um estudo publicado no periódico Journal of Media Psychology aponta justamente que essa prática não resulta em danos cognitivos a crianças pequenas.

"Nossos estudos não revelaram tais vínculos, independentemente de quanto tempo as crianças jogaram e que tipos de jogos escolheram", afirmam os pesquisadores. O grupo analisou os hábitos de videogame de 160 pré-adolescentes, que relataram jogar videogames em média de 2,5 horas a 4,5 horas por dia.

Em seguida, a equipe buscou associação entre os hábitos dos alunos e seu desempenho no teste de habilidade cognitiva, responsável por avaliar habilidades verbais, quantitativas e não verbais. Conforme explicam os autores do estudo, a duração do jogo e a escolha dos gêneros de videogame não tiveram correlações significativas com as medidas do teste.

Por outro lado, o estudo também revelou que alguns jogos descritos cuja promessa é justamente ajudar as crianças a desenvolver habilidades cognitivas saudáveis também não apresentaram efeitos, ou seja: não cumpriram o que prometeram.

Foto: Rawpixel/Envato / Canaltech

"O estudo atual encontrou resultados que são consistentes com pesquisas anteriores, mostrando que os tipos de jogo que parecem aumentar as funções cognitivas em adultos jovens não têm o mesmo impacto em crianças muito mais novas", diz o estudo.

Isso quer dizer que os videogames são inofensivos? Não exatamente: os cientistas envolvidos alertam que o tempo de jogo afastou os jogadores de outras atividades mais produtivas, como dever de casa, por exemplo. De qualquer forma, a conclusão é que "os pais provavelmente não precisam se preocupar tanto com problemas cognitivos entre crianças que amam videogames. Quantidades razoáveis devem ser aceitáveis". Os pesquisadores também alertam para que os pais fiquem atentos ao comportamento obsessivo.

Benefícios do videogame

Anteriormente, um grupo de pesquisadores espanhóis analisou habilidades cognitivas e de memória entre um grupo que jogou videogame nos primeiros anos de vida e outro que não, e descobriu que a atividade poderia levar a mudanças estruturais no cérebro, incluindo o aumento do tamanho de algumas regiões.

Outro estudo indicou que videogames podem ter uma influência positiva na capacidade e velocidade de tomar decisões e também na integração de algumas atividades cerebrais, como as sensoriais e motoras. Para avaliar as diferenças entre cérebros de entusiastas dos jogos e de não-jogadores, os cientistas utilizaram imagens de ressonância magnética funcional (fMRI) enquanto tarefas eram realizadas.

Fonte: Journal of Media Psychology via Science Blog

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