Viúvas coletam esperma de soldados mortos em Israel para gerar filhos; entenda
O procedimento em questão envolve extrair o esperma do soldado morto e armazenar em nitrogênio, para que, alguns anos depois, seja utilizado em algum óvulo
Em Israel, viúvas estão coletando o esperma de soldados mortos na expectativa de que um dia esse fluido extraído possa ser usado para gerar um filho. A prática pode parecer excêntrica, mas já foi responsável por gerar pelo menos dez crianças no país.
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Em março, o parlamento do Oriente Médio aprovou uma legislação preliminar apoiando a prática de extração de esperma. Para se ter uma noção, a ideia dos israelenses é expandir isso para o resto da sociedade, embora tenha começado apens com os militares.
"Você precisa servir seu país por lei. Cuidamos de você e, se você morrer, cuidamos bem de seus pais e filhos. Agora temos a tecnologia para que, se você não tiver um filho e quiser deixar um, possamos dar para sua esposa ou para os pais", declara Zvi Hauser, membro do parlamento israelense e patrocinador do projeto de lei.
Alguns países proibiram procedimentos semelhantes, enquanto outros mantêm uma regulamentação que varia entre os estados, como é o caso dos EUA.
Em Israel, grande parte dos defensores dessa prática são os pais dos soldados jovens, lutando pelo direito de ter netos. "Quando você recupera o esperma de um homem morto, você está tentando restaurar algo perdido em circunstâncias trágicas. É como erguer um monumento vivo. É do interesse de uma criança nascer de pais vivos e não em um estado de orfandade planejada", afirma Gil Siegal, chefe do Centro de Direito Médico, Bioética e Política de Saúde do Israel's' Ono Academic College.
Na prática, o esperma é extraído do soldado cerca de 24 horas após a sua morte, preservado em nitrogênio líquido e, anos depois, usado para fertilizar os óvulos. O procedimento custa US$ 1 mil (o equivalente a pouco mais de R$ 5 mil) e o armazenamento custa US$ 100 por ano (o equivalente a pouco mais de R$ 500).
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