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Vivo, Claro e Tim arrematam principais faixas do 5G

Sem a Oi, trio de operadoras passa a deter 98,3% do mercado nacional de voz e dados móveis

4 nov 2021 - 14h50
(atualizado às 14h54)
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Homem fala ao celular enquanto caminha em frente a uma loja da Vivo, no centro do Rio de Janeiro
REUTERS/Pilar Olivares
Homem fala ao celular enquanto caminha em frente a uma loja da Vivo, no centro do Rio de Janeiro REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

Vivo, Claro e TIM arremataram nesta quinta-feira, 4, três dos quatro blocos nacionais da faixa de 3,5 Ghz - considerada ideal para a oferta de internet móvel de quinta geração, o 5G.

O quarto bloco nacional não recebeu propostas válidas durante o leilão que está sendo realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A Oi, que vendeu suas redes móveis para Claro, Vivo e TIM ficou de fora do certame.

Com a saída da Oi desse mercado, o trio passará a deter 98,3% do mercado nacional de voz e dados móveis. Em teoria, o cenário abre brecha para redução da disputa por consumidores e cortes de ofertas de planos a preços mais vantajosos.

Por outro lado, há também a interpretação de que a competição poderá aumentar, uma vez que a TIM ficará com a maior partes dos ativos da Oi. Assim, ganhará escala e diminuirá a distância para a Vivo e a Claro em quantidade de clientes e de espectro, levando a um maior equilíbrio do mercado.

O ambiente competitivo também pode aumentar com a entrada de novas prestadoras que venham a arrematar outras faixas que estão sendo leiloadas hoje pela Anatel. Essa é uma das principais expectativas do leilão do 5G.

Diante desse cenário, a aquisição de um bloco nacional da faixa de 3,5 Ghz por cada uma das grandes teles era um movimento esperado, pois a oferta do 5G para os consumidores é uma peça central na estratégia não só de crescimento, mas também de sobrevivência das companhias daqui para frente.

A Claro fez uma oferta de R$ 338 milhões (ágio de 5%) pelo bloco B1, a Vivo pagou R$ 420 milhões (ágio de 30,69%) pelo bloco B2, enquanto a desembolsou R$ 351 milhões (ágio de 9,22%) pelo bloco B3.

O prazo de autorização para exploração da faixa de 3,5 Ghz é de 20 anos e abrange as maiores contrapartidas de investimentos no leilão, como a limpeza da faixa para evitar interferência com sinal da TV aberta nas parabólicas, a criação de rede privativa para uso da União, e os aportes no Projeto Amazônia Integrada e Sustentável (PAIS).

As teles vencedoras deste bloco também assumem o compromisso de ativar o 5G nas capitais até a metade de 2022, e a cobertura das demais regiões do País avançando gradualmente até o fim de 2029.

Estadão
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