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WhatsApp diz que empresa de spyware Paragon mirou usuários do app em diversos países

31 jan 2025 - 17h37
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Um funcionário do WhatsApp disse que a empresa israelense de spyware Paragon Solutions teve como alvo usuários do aplicativo, incluindo jornalistas e membros da sociedade civil.

O funcionário disse nesta sexta-feira que o WhatsApp, da Meta, havia enviado à Paragon uma carta para a empresa parar com a ação após a invasão. Em um comunicado, o WhatsApp disse que a empresa "continuará a proteger a capacidade das pessoas de se comunicarem de forma privada".

A Paragon se recusou a comentar.

O funcionário do WhatsApp disse à Reuters que havia detectado um esforço para hackear aproximadamente 90 usuários.

O funcionário se recusou a dizer quem, especificamente, era alvo. Mas ele disse que os alvos estavam localizados em mais de duas dúzias de países, incluindo várias pessoas na Europa. Ele disse que os usuários do WhatsApp receberam documentos eletrônicos maliciosos que não exigiam nenhuma interação do usuário para comprometer seus alvos, uma invasão chamada "zero-click" que é considerada particularmente furtivo.

O funcionário disse que, desde então, o WhatsApp interrompeu o esforço de invasão e está encaminhando os alvos para o grupo canadense de vigilância da internet Citizen Lab. Ele se recusou a discutir como foi determinado que a Paragon era responsável pelo ataque. Ele disse que as autoridades policiais e os parceiros do setor foram informados, mas não quis dar detalhes.

O FBI não retornou imediatamente uma mensagem pedindo comentários.

O pesquisador John Scott-Railton, do Citizen Lab, disse que a descoberta do spyware da Paragon direcionado aos usuários do WhatsApp "é um lembrete de que o spyware mercenário continua a proliferar e, à medida que isso acontece, continuamos a ver padrões familiares de uso problemático".

Os criadores de spyware, como a Paragon, vendem software de vigilância de alta qualidade para clientes do governo e normalmente apresentam seus serviços como essenciais para combater o crime e proteger a segurança nacional.

No entanto, essas ferramentas de espionagem foram descobertas várias vezes nos telefones de jornalistas, ativistas, políticos da oposição e pelo menos 50 autoridades dos EUA, o que levanta preocupações sobre a proliferação descontrolada da tecnologia.

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