WhatsApp na Índia diz que parceria com governo e sociedade é necessária para combater informações falsas
O WhatsApp, do Facebook, respondeu a um pedido do Ministério de Tecnologia da Índia para conter a disseminação de informação falsa em sua plataforma, dizendo que essa tarefa demanda uma parceria entre os dois e com a sociedade em geral.
A Índia é o maior mercado do WhatsApp, com mais de 200 milhões de usuários. No entanto, informações falsas em seu aplicativo contribuíram para disparar o espancamento de mais de uma dezena de pessoas, das quais pelo menos três morreram.
No domingo, mais cinco pessoas foram linchadas em Maharashtra por suspeita de serem sequestradores de crianças.
O aumento de incidentes desse tipo levou o Ministério de Eletrônicos e Tecnologia da Informação a pedir terça-feira que o WhatsApp tome medidas imediatas para evitar a circulação de informação falsa e conteúdo provocativo.
O ministério também disse que o WhatsApp "não pode fugir da responsabilidade" quando tais serviços são usados para espalhar informação errada.
"Assim como o governo da Índia, estamos horrorizados com esses terríveis atos de violência e queremos responder rapidamente as questões muito importantes que vocês levantaram", disse o WhatsApp em carta ao ministério datada de 3 de julho e vista pela Reuters.
"Nós acreditamos que notícias faltas, má informação e a disseminação de trotes são questões que são melhor abordadas de forma coletiva: governo, sociedade civil e empresas de tecnologia trabalhando juntos."
O serviço de mensagem disse que está dando a usuários controles e informação para ajudá-los a permanecerem seguros e que planeja lançar campanhas de longo prazo sobre segurança pública.
"Como um ponto de partida, nós vamos publicar em breve novos materiais educativos sobre má informação e conduzir nossas oficinas sobre notícias", disse o WhatsApp.
A empresa recentemente adicionou uma ferramenta em seu aplicativo para evitar que usuários adicionem novamente antigos membros a grupos de mensagem e permitiu que administradores de grupos decidam quem pode enviar mensagens.