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UE acusa X de enganar usuários por meio de selo de verificação azul; Musk contesta

12 jul 2024 - 09h08
(atualizado às 15h56)
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A empresa de mídia social X, de Elon Musk, violou as regras de conteúdo online da União Europeia e seu selo de verificação azul engana os usuários, decidiram reguladores de tecnologia do bloco nesta sexta-feira, em uma conclusão que pode levar a pesadas multas e mudanças significativas na forma como a companhia opera.

As acusações da Comissão Europeia, as primeiras emitidas ao abrigo da Lei dos Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês), ocorrem após uma investigação de sete meses. As novas regras exigem que plataformas online e plataformas de pesquisa de grande dimensão façam mais para combater conteúdos ilegais e riscos para a segurança pública.

As conclusões preliminares ou acusações da divisão executiva da UE enviadas ao X visavam os chamados padrões obscuros da empresa que moldam o comportamento do usuário, a sua transparência publicitária e o acesso aos dados para pesquisadores.

O X disse que discordava da avaliação da UE sobre como cumpre a DSA, enquanto Musk ameaçou ingressar com processo.

"Estamos ansiosos por uma batalha pública no tribunal, para que o povo da Europa possa saber a verdade", disse Musk no X.

Anteriormente, ele disse que a Comissão havia oferecido ao X um acordo secreto ilegal para censurar o discurso sem contar a ninguém, o que a empresa não aceitou, ao contrário de outras plataformas não identificadas.

O chefe da indústria da UE, Thierry Breton, reagiu. "Fique à vontade", escreveu ele no X. "Nunca houve -- e nunca haverá -- qualquer 'acordo secreto'. Com qualquer um. A DSA fornece ao X (e a qualquer grande plataforma) a possibilidade de oferecer compromissos para resolver um caso."

"Cabe a você decidir se oferece compromissos ou não. É assim que funcionam os procedimentos do Estado de Direito. Vejo você (no tribunal ou não)", disse Breton.

A Comissão Europeia afirmou que as contas verificadas que apresentam uma marca de verificação azul não correspondem às práticas da indústria e afetam negativamente a capacidade dos usuários de tomar decisões livres e informadas sobre a autenticidade das contas com as quais interagem.

Após comprar a plataforma então conhecida como Twitter em 2022, Musk alterou o uso do selo azul, que anteriormente indicava que uma conta pertencia a uma figura pública cuja identidade foi verificada, mas foi alterada para indicar que pertencia a um assinante pago.

A Comissão disse que o X também não cumpriu a exigência da DSA de fornecer informações pesquisáveis e confiáveis sobre anúncios em uma biblioteca para fácil acesso.

A rede social de Musk também foi acusada de bloquear o acesso de pesquisadores aos seus dados públicos. A empresa, que terá vários meses para responder às acusações, poderá enfrentar uma multa de até 6% do seu volume de negócios global se for considerada culpada de violação da DSA.

"O X tem agora o direito de defesa -- mas se a nossa opinião for confirmada, iremos impor multas e exigir mudanças significativas", disse o chefe da indústria da UE, Thierry Breton, em um comunicado.

A Comissão disse que investigações separadas sobre a disseminação de conteúdo ilegal no X e as medidas que a empresa tomou para combater desinformação continuam.

TikTok, da ByteDance, AliExpress e Meta Platforms também estão sendo investigados no âmbito do DSA.

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