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YouTube meio que ignora sinais do usuário para não mostrar vídeos de um assunto ou canal

No pior cenário, o botão de "não curti" só preveniu 11% de recomendações ruins.

20 set 2022 - 15h22
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YouTube meio que ignora sinais do usuário para não mostrar vídeos de um assunto ou canal
YouTube meio que ignora sinais do usuário para não mostrar vídeos de um assunto ou canal
Foto: Núcleo Jornalismo

O YouTube oferece alguns botões para que o usuário sinalize conteúdo indesejável. Pena que eles não funcionam direito.

Em tese, esses botões ajudam o algoritmo da plataforma a recomendar outros conteúdos mais relevantes. Na prática, porém, um estudo da Mozilla descobriu que a efetividade dos botões é limitada.

METODOLOGIA. Com a ajuda de +22 mil voluntários que instalaram a extensão de navegador RegretsReporter, a Mozilla analisou dados de 500 milhões de vídeos recomendados pelo YouTube.

A extensão criava um botão único sobre os vídeos dos voluntários. Ao ser clicado, ela escolhia um dos mecanismos de feedback negativo do YouTube a ser usado — "não estou interessado", botão de não curti, "parar de recomendar este canal" e remover do histórico".

Os pesquisadores da Mozilla criaram 44 mil pares de vídeos, um que o usuário sinalizou não querer ver mais e outro recomendado pelo YouTube em seguida.

Foto: Mozilla/Divulgação. / Núcleo Jornalismo

Por fim, com a ajuda de um algoritmo de aprendizagem de máquina, eles classificaram se o vídeo recomendado no par era similar ao rejeitado pelo usuário.

RESULTADOS. O botão de não curti e o feedback "não estou interessado" tiveram desempenho bem ruim: eles só evitaram 12% e 11% de recomendações ruins, ou seja, similares ao vídeo recém-rejeitado.

"Parar de recomendar este canal" teve o melhor resultado, prevenindo 43% de recomendações ruins. A remoção do vídeo do histórico evitou 29% de recomendações ruins.

Para a Mozilla, os resultados evidenciam duas coisas:

  • As pessoas sentem que usar os controles do YouTube não alteram as recomendações de maneira alguma. (Tipo aqueles botões no semáforo para pedestres, sabe?)
  • Os mecanismos de controle do usuário do YouTube são inadequados para prevenir recomendações indesejadas.

RESPOSTA DO YOUTUBE. Ao site norte-americano The Verge, uma porta-voz do YouTube reclamou da metodologia da Mozilla.

Elena Hernandez disse que esse comportamento é o esperado. O YouTube, segundo ela, não bloqueia tópicos ou canais completamente para evitar que câmaras de eco se formem.

O estudo na íntegra pode ser lido neste link (PDF).

Via Mozilla, The Verge (ambos em inglês).

Núcleo Jornalismo
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