5 razões que fazem da Fiat Toro a picape mais amada do Brasil

Considerada pelo Guia do Carro "a melhor ideia da década" (2010 a 2019), a picape Fiat Toro mais uma vez teve um comportamento exemplar em sua nossa última experiência com ela – mais de 1.500 km rodados, passando por cidades, estradas boas, estradas ruins, fazendas de soja e utilização no sol e na chuva. Por isso, selecionamos 5 razões para amar a Fiat Toro e 3 itens que poderiam melhor.

CINCO RAZÕES PARA AMAR A TORO

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1 - Dirigibilidade. A Fiat Toro conquistou milhares de clientes porque é um veículo com uma proposta dupla: a versatilidade de uma picape média e a dirigibilidade de um SUV compacto. Ao contrário das picapes mais tradicionais (Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger), a Toro não se parece com um caminhão ao rodar. Pelo contrário, a Toro é fácil de dirigir e enfrenta qualquer tipo de terreno como um automóvel de passeio.

Melhor ainda: como um SUV moderno, pois tem a posição de dirigir bastante elevada. O segredo da Toro é que a Fiat optou por fazer uma picape cabine dupla com carroceria monobloco. Isso quebrou um paradigma no segmento, pois as picapes cabine dupla ou eram minúsculas (Fiat Strada, VW Saveiro, Chevrolet Montana) ou tinham carroceria sobre chassi, que faz a cabine ficar se movimentando sobre a estrutura.

2. Design. A bem da verdade, não foi a Fiat Toro que inventou a categoria de picapes de porte intermediário (entre as pequenas e as médias). A pioneira foi a Renault Duster Oroch, que chegou ao mercado alguns meses antes. Porém, enquanto a Renault Oroch tinha um design que não fazia jus à sua qualidade, a Fiat Toro foi uma das obras-primas do designer Peter Fassbender, com linhas modernas e robustas, além de trazer soluções geniais (como a caçamba que abre para os lados).

3. Conforto. Com espaço interno que acomoda duas pessoas na frente e três pessoas atrás de maneira confortável, a Fiat Toro rapidamente se tornou uma opção de consumo para quem não podia comprar uma picape cabine dupla tradicional. Junto com bagageiro (caçamba) superior a 900 litros, a Toro se tornou um veículo muito versátil. Para além disso, a engenharia da Fiat fez um trabalho primoroso na suspensão traseira (que é multilink e tem braços extras), dando à Toro muita estabilidade ao rodar em qualquer tipo de terreno.

4. Desempenho. Desde o seu lançamento a Toro contou com o bom motor 2.0 turbo diesel de 170 cv da Fiat, câmbio automático de 9 marchas e tração 4x4. Nas versões flex, contou com motor 1.8 de 139 cv com câmbio automático de 6 marchas e 2.4 de 186 cv com câmbio automático de 9 marchas. O bom torque disponível sempre proporcionou agilidade no trânsito e segurança nas retomadas de velocidade na estrada. Na linha 2022, a Toro ganhou um novo motor 1.3 turbo flex de 185 cv e 270 Nm.

5. Multimídia. Ao longo de sua história, a Fiat Toro vem se atualizando na conectividade. Sempre que surge um upgrade nos sistemas disponíveis, a Toro é um dos primeiros veículos a ser atualizado. Ao contrário da Renault Oroch, que tem a multimídia mal posicionada, na parte inferior do painel, a Toro sempre teve a tela multimídia na mesma altura do quadro de instrumentos. Na linha 2022, ganhou uma tela ainda maior, como se fosse um tablet em posição vertical (igual dos modelos da Volvo) e aprimorou os serviços de conexão remota. É possível ligar o carro e o ar-condicionado, além de verificar alguns status do veículo, sem estar perto dele.

DOIS ITENS DA TORO QUE PODEM MELHORAR

1 . Diâmetro de giro. Desde o lançamento, a Fiat Toro tem um péssimo diâmetro de giro, o que causa transtornos dentro de estacionamentos. Em alguns casos, é preciso dar marcha-à-ré, atrapalhando o fluxo de veículos, porque a Toro simplesmente não esterça o suficiente para fazer a curva necessária. Segundo a Fiat, houve uma pequena melhora na linha 2022. Pode ter havido, mas não mudou esse ponto negativo da picape.

2. O consumo ainda é alto. É verdade que estamos falando de um veículo pesado, de 1.670 kg (Toro Volcano 4x2), mas os números oficiais de autonomia e consumo não são exatamente brilhantes. Recentemente, a Fiat conseguiu reduzir em 7,4% o consumo de combustível. Com etanol, ela passou de 6,6 para 6,8 km/l na cidade e de 8,0 para 8,2 km/l na estrada. Com gasolina, a Toro Flex foi de 9,5 para 9,7 km/l na cidade e de 11,2 para 11,6 km/l na estrada. O problema é que o câmbio automático de 6 marchas não parece ser suficiente para os 180/185 cv do motor (g/e), em termos de economia de combustível. Um câmbio CVT de 7 marchas talvez melhorasse isso.