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Citroën pode ter o primeiro carro da arquitetura Bio-Hybrid

Investimento de R$ 2,5 bilhões de Stellantis na fábrica de Porto Real, no Estado do Rio, inclui variante da plataforma CMP

26 set 2023 - 08h22
(atualizado em 28/9/2023 às 14h22)
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Cláudio Castro (governador do Rio) e Antonio Filosa (CEO da Stellantis) junto com o Citroën C3 Aircross
Cláudio Castro (governador do Rio) e Antonio Filosa (CEO da Stellantis) junto com o Citroën C3 Aircross
Foto: Stellantis / Guia do Carro

A Citroën pode ter o primeiro carro nacional da arquitetura Bio-Hybrid, da Stellantis. Na semana passada, o CEO da Stellantis América do Sul, Antonio Filosa, encontrou-se com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e sacramentou o investimento de 2,5 bilhões na fábrica de Porto Real até 2025.

Na ocasião, a Stellantis confirmou que R$ 330 milhões foram aplicados no desenvolvimento de uma variante da plataforma global CMP, oriunda da antida PSA Peugeot Citroën. 

“A plataforma será a base para a continuidade da inovação do grupo e coloca o Polo Automotivo Stellantis de Porto Real em condições técnicas de produzir veículos híbridos, adotando a recém-anunciada tecnologia Bio-Hybrid”, diz um comunicado da supermontadora, que controla as marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën, Ram e Abarth.

Arquitetura Bio-Hybrid: carros da Fiat e da Citroën serão os primeiros a usar
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Foto: Stellantis / Guia do Carro

A arquitetura Bio-Hybrid da Stellantis combina três diferentes níveis de eletrificação com motores a combustão que utilizam gasolina e etanol (a parte Bio do projeto). A Citroën e a Fiat devem receber o sistema Bio-Hybrid de entrada MHEV (híbrido leve).

Trata-se da aplicação mais barata para a montadora e para o consumidor, com economia de cerca de 10% no consumo de combustível, mas com forte impacto na redução de gases no momento da partida do motor.

Atualmente, a Citroën fabrica o Novo C3 e o SUV C4 Cactus em Porto Real. No encontro da semana passada, Filosa e Castro posaram em frente a um C3 Aircross, que será o próximo lançamento da marca francesa no Brasil.

A plataforma CMP dispõe de grande flexibilidade para os engenheiros e, segundo a Stellantis, está apta para ser utilizada em modelos de diversas marcas da Stellantis, sendo também compatível com motorização térmica, híbrida e elétrica”.

O híbrido completo (Bio-Hybrid DCT) e o híbrido plugável (Bio-Hybrid Plug-in) devem ser usados em modelos mais caros e aspiracionais da Stellantis, especialmente das linhas Jeep e Peugeot. Por isso, as chances de o Bio-Hybrid começar com a Citroën são boas.

Depois de décadas de posicionamento confuso no Brasil, a Citroën agora é a marca que se pretende ser inovadora (honrando sua tradição que vem desde o começo do século 20 na França), mas também acessível. Tanto que o modelo 100% elétrico da Citroën no Brasil será o pequenino Ami – inicialmente confinado a locais fechados, devido à legislação brasileira.

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Para a segunda metade da década, a Stellantis lançará também um veículo nacional totalmente elétrico, mas ele não será da Citroën. Será um carro da Jeep ou da Peugeot.

A tecnologia Bio-Hybrid é de aplicação flexível e pode equipar vários modelos produzidos pela Stellantis. É compatível com as linhas de produção das três plantas da empresa – Betim (MG), Porto Real (RJ) e Goiana (PE). Assim, se enquadra também na estratégia multirregional de produção da Stellantis.

O desenvolvimento das novas tecnologias de hibridização está em linha com o plano estratégico de longo prazo da Stellantis, Dare Forward 2030, que prevê a descarbonização de processos e produtos da empresa até 2038, com redução das emissões em 50% já em 2030.

Arquitetura Bio-Hybrid da Stellantis terá três estágios de sistema híbrido e um sistema 100% elétrico
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Foto: Revista Carro
Guia do Carro
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