Como anda o novo Mercedes EQE elétrico na versão SUV
Já dirigimos: com porte intermediário e motor elétrico, Mercedes EQE SUV aposta na tecnologia para brigar com o BMW iX no mercado brasileiro
A linha de carros elétricos da Mercedes-Benz está cada vez maior no Brasil. E a bola da vez é o novo EQE SUV, que teve a estreia confirmada no país pela marca alemã junto com o irmão maior EQS SUV. Revelado em outubro do ano passado na Europa, o novo Mercedes EQE SUV é derivado do sedã médio EQE, que já é vendido no mercado nacional.
Já tivemos um primeiro contato com os dois modelos durante um evento da montadora na Cidade do México. Leia aqui as impressões sobre o EQS SUV. Quanto ao novo EQE SUV, ele tem linhas que seguem o padrão dos modelos da família elétrica EQ. O destaque fica para os faróis de LED integrados à grade dianteira fechada, que no modelo vendido no Brasil, terá pequenas estrelas estilizadas – como o logotipo da Mercedes – no acabamento da peça.
Na lateral, as maçanetas embutidas ajudam a melhorar a aerodinâmica, enquanto as rodas são de 21". Na traseira, as lanternas interligadas são de LED. Completa o visual o pacote AMG Line, que adiciona detalhes esportivos no acabamento externo e interno. Ele será um item de série no EQE SUV vendido no Brasil.
Por dentro, o acabamento traz materiais refinados e emborrachados no painel e nas portas, além de couro nos bancos e volante. Seguindo o padrão do EQE sedã – com o qual compartilha a plataforma modular elétrica EVA2 – o EQE traz painel digital de 12,3" e multimídia MBUX de 12,8". O console traz ainda revestimento com estrelas pontilhadas da Mercedes, iluminação ambiente e sistema de som Burmester 3D.
No entanto, ficou de fora do modelo que será vendido no Brasil o sistema MBUX Hyperscreen, que está presente no irmão maior EQS SUV. Ele adiciona uma tela de 12,3" para o passageiro, enquanto a central multimídia cresce para 17,7". Com porte menor do que o EQS SUV, o EQE leva apenas 5 pessoas a bordo. O porta-malas é de 520 litros (chega até 1.675 com os bancos rebatidos).
Por ser menor do que o EQS SUV, o EQE parece mais ágil e fácil de dirigir. Para efeito de comparação, ele mede 4,83 m de comprimento e tem entre-eixos de 3,03 m, exatos 29 cm e 19 cm a menos do que o irmão maior, respectivamente. A versão que dirigimos no México é a 350+, que oferece 215 kW de potência (292 cv) e 565 Nm de torque.
O modelo que chegará ao Brasil é o EQE 300, que tem um motor elétrico traseiro de 180 kW (245 cv) e 550 Nm, sempre com tração traseira e com alcance de até 367 km no ciclo Inmetro. Apesar de dirigirmos o novo EQE SUV em um trecho curto em circuito fechado, foi possível perceber uma boa dinâmica ao conduzir o modelo, com a direção bem direta e a suspensão que filtra bem os impactos e as imperfeições da pista.
Ao acelerar, não falta força ao EQE SUV, ainda que as respostas não tenham a mesma rapidez dos modelos maiores e esportivos da linha AMG. O pacote de equipamentos já confirmado para o modelo no Brasil terá itens de acabamento esportivo, navegação GPS com realidade aumentada, eixo traseiro esterçante, entre outros itens.
Com previsão de chegada ao Brasil entre setembro e outubro, o novo Mercedes EQS SUV ainda não teve os preços revelados pela Mercedes. No entanto, é possível prever que o valor seja próximo ao do EQE sedã, que é vendido no país por R$ 707.900. Com o objetivo de se tornar 100% elétrica até 2039 na maioria dos mercados nos quais atua, a Mercedes quer que o novo EQE SUV seja um importante passo em direção à essa meta. E ele parece ter cacife para isso.