GWM terá um “tanque chinês” contra o Toyota SW4. Mas qual?
Futuro SUV raiz nacional não será o Tank 500, como dizem, mas sim um carro inédito que pode ser o Tank 400 ou o Tank 700
A chinesa GWM surpreendeu o mercado ao dizer que seu primeiro SUV nacional usará a mesma plataforma e a mesma motorização da nova picape Poer. Os dois veículos serão fabricados em Iracemápolis, SP, a partir de 1º de maio de 2024, quando começa a produção pré-série de um dos modelos.
A surpresa ficou por conta do tipo de construção. A picape GMW Poer utiliza carroceria sobre chassi, como as tradicionais caminhonetes do segmento D-Pick-up: Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger etc. Portanto, o SUV da mesma plataforma não será o Haval H6, que era a aposta de todo mundo, pois utiliza carroceria monobloco.
Todas as apostas da mídia brasileira caíram então sobre o Tank 500. O carro acaba de ser lançado na Ásia e tem um porte enorme, com 5,070 m de comprimento, 2,850 m de entre-eixos, 1,93 m de largura e 1,90 m de altura. Entretanto, ao contrário do que se publica na internet, não será este carro.
“O novo SUV que vai compartilhar a plataforma e o motor com a picape GWM Poer ainda não foi lançado no mercado global”, disse uma fonte da montadora chinesa ao Guia do Carro. “Não é o Tank 500.”
Se não é o Tank 500 nem o Tank 300 (de apenas 5 lugares), tudo indica que será o novo Tank 400 ou mesmo o inédito Tank 700. O Tank 400 tem 4,985 m de comprimento, 1,960 m de largura, 1,905 m de altura e 2,850 m de entre-eixos.
Já o Tank 700 será bem maior: 5,090 m de comprimento, 2,061 m de largura, 1,952 m de altura e 3,000 m de entre-eixos. Precisa tanto para combater os SUVs raiz do mercado atual? Nem tanto. O Tank 400 já seria suficiente para brigar com Toyota SW4 (4,79 m), Chevrolet Trailblazer (4,88 m), Mitsubishi Pajero (4,595) e Discovery 4 (4,956 m).
Quanto ao motor, será apenas um para a picape GWM Poer e para o SUV GWM Tank. Afinal, a produção dos dois carros (somados) será limitada a 20.000 unidades/ano que é a capacidade atual da fábrica de Iracemápolis. Futuramente, a fábrica poderá ser expandida para 100.000 unidades/ano, com outros veículos.
São três opções híbridas, mas só uma será usada no Brasil: MHEV (híbrido leve) de 354 cv, HEV (híbrido full) de 350 cv e PHEV (híbrido plug-in) de 408 cv). Todas as potências citadas são combinadas entre os motores a combustão e elétrico.
O novo “tanque chinês” – seja o Tank 400 ou o Tank 700 –, que poderia atropelar o SW4 da Toyota, além de incomodar veículos como o Jeep Commander e o Mitsubishi Pajero, terá tração 4WD, quadro de instrumentos totalmente digital, multimídia integrada ao painel, faróis full led, além de prováveis 500 Nm de força e câmbio automático de 8 marchas.
Apesar de tudo, como a GWM Brasil tem sido rápida nas decisões e quer estrear sua produção causando pavor na concorrência, pode ser que haja ainda algum outro carro “escondido na cartola” dos magos de Iracemápolis, que só confirmam que será um carro da linha Poer e outro da linha Tank.
