Blindagem exige cuidados com documentos e manutenção
Blindar um veículo significa prepará-lo contra um possível ataque de uma arma de fogo. Esse investimento em segurança, porém, exige cuidados com a documentação e com a manutenção do automóvel.
A blindagem é dividida pelas etapas de desmontagem, blindagem opaca, blindagem transparente, remontagem e testes de campo. Esse processo tem, em média, duração de 35 dias e a proteção oferecida chega aguentar calibres como o da Magnum .44. De acordo com José Coelho, engenheiro da W.Truffi Blindados, essa é a blindagem mais comum existente pelas ruas. É necessária a autorização do exército e uma regulamentação especial. Por isso essa categoria, a III-A, é a mais utilizada nos veículos de passeio.
A eficiência da chapa de aço não tem validade. “Em relação aos vidros preparados, a tecnologia pode chegar a garantir até um período de dez anos”, diz Fábio Santos, diretor da SER Glass.
Desgaste maior das peças
A blindagem também influencia na manutenção do veículo, acrescenta José Coelho. “Devido ao peso agregado da blindagem (o veículo roda todo o tempo como se estivesse sempre com três pessoas), o aumento do desgaste natural das peças torna-se inevitável. Portanto, orienta-se ao proprietário a manter sempre o veículo com a manutenção preventiva em dia, verificando-se com maior periodicidade o desgaste dos freios, pneus e todo o conjunto da suspensão”.
É preciso trocar as molas traseiras a fim de promover estabilidade. São, também, adicionados amortecedores a gás nos vidros das portas dianteiras. O objetivo é auxiliar o funcionamento do motor da máquina dos vidros, já que eles ficam mais pesados.
As revisões no carro devem ser feitas de seis em seis meses. A primeira revisão posterior à instalação deve ser agendada para 60 dias após a entrega do carro.