Novo Nissan Sentra cumpre o que promete em sua primeira avaliação
O novo Nissan Sentra mostrou, em sua primeira avaliação, qualidades para enfrentar os rivais, mas ainda existem aspectos a melhorar
É mais comum do que se imagina haver alguns exageros das montadoras com relação aos seus produtos. São números impressionantes, ênfase em alguns pontos e a criação de uma vasta perspectiva em torno de um modelo superestimado.
O que se pode concluir na relação entre Nissan e o novo Sentra é que a marca tinha razão nos pontos que destacou em relação ao seu produto. O sedã - cuja apresentação você confere aqui - corresponde ao que dele se espera.
Pelo menos foi isso que o novo Nissan Sentra mostrou em um test drive promovido pela montadora entre a zona oeste da capital paulista e a cidade de Nova Odessa. O percurso, com pouco mais de 120 km em cada trecho, reservou tráfego urbano e em rodovias como Bandeirantes e Anhanguera, as quais contam com asfalto de boa qualidade e largura que permite desenvolver boa velocidade.
O resultado foi que o novo Nissan Sentra entregou a potência e o torque prometidos em sua ficha técnica. Colocado na estrada, o sedã trafegou tranquilamente entre 110 e 120 km/h com o motor trabalhando na faixa de 2 mil rpm. A rotação até diminuiu em alguns trechos, sem que houvesse perda de velocidade. A sensação a 120 km/h era de estar andando devagar.
Para levar o motor a “gritar” havia apenas duas possibilidades: uma era acionar o câmbio manual por meio das borboletas posicionadas atrás do volante e a outra estava na escolha do modo Sport e, mesmo assim, depois de uma aceleração forte.
Tanto o ruído a bordo quanto o consumo de combustível mostraram depender do modo de condução. Em resumo: quem tiver o pé mais leve vai poder trafegar bem, em silêncio e vendo pouquíssima movimentação do ponteiro indicador de combustível. Já quem afunda o pé viverá a experiência contrária.
Na estabilidade o Sentra também foi muito bem avaliado. O sedã apresenta equilíbrio e conta com Controle Inteligente de Trajetória que, em curvas fechadas, prioriza as rodas que estão do lado de fora para um melhor traçado.
O espaço interno é bastante satisfatório, mesmo para que viaja no banco de trás. Como o Sentra balança pouco, quem ocupar os assentos traseiros poderá trafegar sem chacoalhar o tempo todo.
Por fim, é necessário atentar para alguns pontos que deixam a desejar em um modelo dessa categoria e faixa de preço. O primeiro é o freio de estacionamento, posicionado na lateral do piso. É é com o pé esquerdo que se solta ou se trava o sedã. O segundo é o teto solar, que não é panorâmico em nenhuma versão. O terceiro é que o alerta de saída de faixa não atua como corretor, ou seja, caso o condutor esteja “comendo faixa”, o Sentra limita-se a provocar uma vibração no volante, para servir de alerta. Há outra questão: somente o banco do motorista conta com ajustes elétricos.
Se adotasse um freio de estacionamento com acionamento elétrico, teto panorâmico e assistente de manutenção em faixa, o novo Nissan Sentra ficaria mais atraente e com condições de até superar os rivais com mais facilidade.