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Costner interpreta impostor
Kevin Costner ainda insiste em papéis heróicos, comoventes e ufanistas. Em O Mensageiro, Costner produziu, dirigiu e atuou em uma fantasia semelhante ao fracassado Waterworld, feita para enaltecer o valor da esperança e a rigidez americana em um suposto mundo pós-apocalíptico. Em três horas de filme, Costner exibe a América totalmente destruída pela guerra, no ano de 2013. Pequenos vilarejos fortificados ocupam a terra devastada, não há mais governo e o povo vive sob o coturno do despótico general Bethlehem (Will Patton).
Costner é um ator andarilho, que não almeja mais que um canto para dormir e um prato de comida. Obrigado a se alistar no exército de Bethlehem, consegue escapar e se refugia em um carro abandonado. Ali, encontra o corpo de um carteiro e um malote repleto de cartas por entregar. O bem sempre vence Assumindo a identidade do morto, ele vaga de cidade em cidade entregando as cartas perdidas e trazendo esperanças. Acaba se tornando uma figura lendária, capaz de enfrentar a tirania do general. Além de alimentar as esperanças do povo, ele ainda fabrica histórias de uma América restaurada, comandada pelo imaginário presidente Sharkey, na "capital" Minneapolis. Em uma história tão árida, o romance não poderia faltar com a mocinha Abby (a desconhecida atriz inglesa Olivia Williams, em seu primeiro filme), que se apaixona pelo herói sem saber que ele é um impostor. E como o final feliz é inevitável, a experiência redime o covarde e o transforma no bom sujeito, que Kevin Costner nunca vai deixar de encarnar. (Cássia Borsero)
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Título Original: The
Postman |
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