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Clichês e roteiro fácil não seguram "Suando Frio" O filme tem a direção do estreante Hugh Johnson, que antes de trabalhar em Suando Frio dirigia comerciais para a RSA (dos consagrados Ridley e Tony Scott). O roteiro ficou a cargo de Drew Gitlin, outro estreante no cinema que já trabalhou dez anos como gerente de promoção da gravadora Warner Bros Records. Da união de ambos, saiu um engraçadinho filme de ação e aventura. O fato de a trama poder ser resumida em poucas palavras -- militar renegado fica maluco e rouba uma super arma secreta para destruir o mundo -- é menos o problema do filme de Jonhson, e mais o fato de o roteiro juntar uma série de clichês que não convencem. A história começa em uma ilha dos EUA com um experimento militar secreto de um super desfolhante capaz de matar qualquer coisa viva em um raio de centenas de quilômetros. Para variar o teste dá errado, 18 homens morrem e o militar encarregado dos cientistas -- major Andrew Brynner, vivido por Peter Firth -- vai para a cadeia por 10 anos, onde fica tramando sua vingança. A sua idéia é roubar a arma, chamada de Elvis, e vender para terroristas internacionais. O problema já começa aí: Brynner no início é mostrado como um militar muito avesso a armas químicas e politicagens do Pentágono, mas no final, transforma-se naquele mesmo bandido de sempre que faz tudo por dinheiro, com direito a falas típicas de bandidos malvados e sorrisos irônicos. Os diálogos iniciais beiram o surreal. Destaque para a cena da prisão de Brynner e da sequência da pescaria pseudo-zen entre o "jovem pupilo" Mason, o garoto da loja vivido por Ulrich, e o "mestre" Doutor Long, encenado por Peter Firth. O filme tropeça ainda ao começar como um típico filme de guerra, e descamba para uma perseguição entre motoqueiros-vestidos-de-preto-que-não-conseguem-deter-os-inexperientes-heróis. Suando Frio começa a ganhar forma, como um razoável aventura-comédia, quando Gooding. Jr e Ulrich, que estrelam pela primeira vez num filme de ação, estão tentando salvar o dia pilotando um velho caminhão de sorvetes por desfiladeiros. A arma, que acaba caindo nas mãos deles, precisa ser mantida até 10 graus centígrados. Caso contrário, detona. Aqui, o filme lembra muito Velocidade Máxima, onde o velocímetro, e não o termômetro, faz o papel de agente de suspense. (Reuters)
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Título
Original: Chill Factor |
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