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Paternidade transtorna vida de diretor
O cotidiano íntimo de Nanni Moretti, iniciado em Caro Diário, tem uma continuação não menos divertida e filosófica em Abril, um dos destaques da 22ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Moretti continua interpretando ele mesmo, com seus conflitos, desejos e reflexões sobre a história política recente da Itália. O filme começa em plena eleição, quando o diretor, um apaixonado pela política, mostra-se desanimado com a possível derrota de seu partido de esquerda. A agenda agitada de Moretti inclui a direção de um musical que não chega a acontecer e um fato ainda mais importante, que vira a cabeça e a vida do avesso - a chegada de Pietro, o primeiro filho. Durante a gestação, Moretti reflete sobre o cinema, seu estado de espírito, os desatinos da política e sua crise de criação. Com o nascimento do pimpolho, o diretor enfrenta os dilemas da paternidade e tenta incorporar o bebê às suas rotinas diárias. Entre elas, uma hilária arrumação de uma montanha de papéis, onde os monólogos impagáveis com o filho só não fazem rir o pobre Pietro, pequeno demais para entender o humor sarcástico do pai. (Cássia Borsero)
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ABRIL
Título Original: Aprile |
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